Depois de treze anos, os restos mortais da beata Lindalva Justo de Oliveira, serão transladados da Capela do Abrigo Dom Pedro II para a capela do Instituto Nossa Senhora da Salette, em Salvador, Bahia. A celebração de transladação será realizada no dia 6 de abril, próximo da data do martírio da religiosa que ocorreu no dia 9 de abril de 1993. Uma missa às 9h, no Abrigo São Pedro, marcará a cerimônia e, em seguida, os devotos seguirão em carreata até o novo local.
Irmã Lindalva foi assassinada por um dos internos do abrigo de idosos, Augusto da Silva Peixoto, em uma Sexta-feira Santa, depois de ter participado de uma caminhada penitencial, junto com outras religiosas. À época, os legistas que fizeram a autópsia no corpo da religiosa registraram o número de 44 perfurações em seu corpo, número que coincide com a soma dos 39 açoites e as cinco chagas do corpo de Cristo.
A beatificação de Irmã Lindalva ocorreu em tempo recorde. Bento XVI declarou a beatificação da religiosa em 2006, e a cerimônia ocorreu no dia 2 de dezembro de 2007. A memória litúrgica da Beata Lindalva é celebrada no dia 7 de janeiro, data de seu batismo.
"O coração é meu e pode sofrer, mas o rosto pertence aos outros e deve ser sorridente", Beata Lindalva.
Na cerimônia de beatificação em 2007, o cardeal José Saraiva Martins, destacou o que significava a beatificação da religiosa para a Igreja.
“Com a sua beatificação, a Igreja consagra hoje o holocausto cruento da Irmã Lindalva, que com certeza sabemos agora, poderá interceder por nós, a fim de que possamos seguir com ela os passos de Cristo juntamente com São Vicente de Paulo e Santa Luísa Marillac, para fazer nossa a chamada aos valores essenciais do sermos cristãos e consagrados: o amor absoluto e coerente por Cristo e o seu Evangelho, a opção carismática preferencial pelos mais pobres da terra, a oração como fecunda raiz escondida do nosso operar, o optimismo da esperança, a alegria espontânea que sempre deveria acompanhar o nosso testemunho no mundo”.
História
Lindalva Justo de Oliveira nasceu em 20 de outubro de 1953, em Assu, no Rio Grande do Norte. Em 1987 decidiu tornar-se religiosa, e ingressou em um convento das Religiosas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Recife (PE). Em 1991, depois de professar os votos de pobreza, castidade e obediência, passou a residir no Abrigo Dom Pedro II, no cuidado de idosos pobres.
Os registros históricos contam que mesmo diante das investidas do interno, Irmã Lindalva se negava a deixar seu trabalho junto aos idosos, preferindo derramar o próprio sangue. No dia 9 de abril de 1993, Irmã Lindalva Justo de Oliveira foi brutalmente assassinada enquanto servia o café da manhã aos idosos no refeitório do abrigo.
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