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Nossa Senhora do Carmo e a Academia Marial de Aparecida

Em resposta às palavras do papa João Paulo II - "Permanecei na Escola de Maria!" - surgiu a Academia Marial de Aparecida, visando reunir e difundir conhecimentos sobre a Virgem Maria no Brasil

Escrito por Eliane Dias Cassiano

16 JUL 2014 - 00H00 (Atualizada em 17 JUL 2024 - 10H03)

Sidney de Almeida/ Shutterstock

“O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.

(Cardeal Piazza)

A Ordem de Carmo foi inspirada da vida eremítica do profeta Elias no Monte Carmelo, uma vida mística e contemplativa. Os carmelitas veneram com carinho o profeta Elias, seu patriarca, e a Virgem Maria, com o título de Bem Aventurada Virgem do Carmo.

Perseguida e expulsa de Israel, a Ordem foi para a Europa, onde também foi muito difícil para os carmelitas conservarem a tradição eremítica. A exemplo de Elias, São Simão Stock, um piedoso carmelita que vivia na Inglaterra, perseverou na oração pedindo a intercessão de Nossa Senhora do Carmo para que a sobrevivência Ordem.

Diz-se que durante sua oração do terço, a Virgem Maria apareceu para ele entregando o escapulário dizendo: “Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno”. A partir disso a Ordem do Carmelo floresceu por todo o mundo. Leia MaisReze oração a Nossa Senhora do Carmo, a Virgem do EscapulárioA devoção de Santo Afonso a Nossa Senhora do Carmo

São Simão, então responsável pela Ordem, depois de muito esforço conseguiu as mudanças necessárias para adequá-la.

Por este caminho de perfeição trilharam muitos santos como São João da Cruz, Santa Tereza de Jesus e Santa Teresinha do Menino Jesus. Santa Tereza dizia que portar o escapulário, era estar vestida com o hábito de Nossa Senhora.

A Academia Marial de Aparecida surgiu graças à dedicação do Cônego João Correa Machado, do clero de Campinas. No seu extremo zelo e devoção à Virgem Maria celebrava a missa festiva no dia 16 de julho de 1979 (dia de nossa Senhora do Carmo), na Basílica do Carmo. Pediu então que a Divina Luz mostrasse-lhe um caminho para reunir pessoas e material para o culto e devoção mariana sob o título de Aparecida.

Após a Consagração Eucarística, empolgou-lhe o prefácio da Missa no qual o profeta Elias no Monte Carmelo insiste pedindo chuva até se avistar uma nuvenzinha (1 Reis 18,44). Nela o cônego Machado vislumbrou também “qual nuvenzinha a expandir-se” de Aparecida, por todo o Brasil: uma Academia Marial.

No ano seguinte, 1980, o então papa João Paulo II esteve no Brasil e em sua mensagem incentivou ainda mais a fidelidade para com a Estrela da Evangelização dizendo: “Permanecei na Escola de Maria!”, até que, com a finalidade de recolher e retransmitir tudo quanto existe em História, Literatura e Artes a respeito da Virgem Mãe se encontre no Brasil, foi aprovada pelo Arcebispo de Aparecida, D. Geraldo de Morais Penido, a criação da Academia de Cultura Marial em Aparecida.

O decreto foi assinado em 16 de julho de 1985, na festa litúrgica de Nossa Senhora do Carmo e início do XI Congresso Nacional do Santuário. O cântico do MAGNIFICAT foi tema do Congresso.

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós e pela perseverança de nossa Academia!

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