Um belo e rústico ícone
Foi-me presenteado pela professora Socorro Figueirêdo.
Amante das artes e devota de Maria,
O recebeu de um artista que tinha esquizofrenia.
Mas que ao pintar a sua visão imagética de Nossa Senhora,
Como a sua fé poética e artística a via,
Foi aliviado das suas dores.
Este artista se chamava Mano
Era da cidade de Brejo do Cruz,
No sertão paraibano.
Mano, sinônimo de irmão,
Como todos nos tornamos de Cristo
Quando do alto da Cruz,
Ele fez de sua mãe
A mãe de todos,
Entregando-a ao apóstolo João.
Ao ver a pintura na casa de Socorro
O Padre Pedro Lapo,
Missionário do sertão,
A batizou de Pietá Nordestina.
A mesma Mãe das Dores
A quem os escravos rezavam,
Projetando suas dores nos santos sofredores.
A Mãe do Juazeiro,
A quem o Padre Cícero Romão
Entregou a miséria humana
Do sofrido e seco Nordeste.
Com o Cristo retirante em seus braços,
Com o Senhor Morto pelas injustiças
Que continuam a matar o povo pobre,
A Pietá Nordestina,
Senhora do sertão,
Continua a rogar ao Deus da Justiça
Por libertação.
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