Palavra do Associado

Nossa Senhora, Onipotência Suplicante

Escrito por Academia Marial

19 JUN 2019 - 11H14 (Atualizada em 10 MAR 2023 - 14H18)

Lawrence OP | D.R..
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Bodas de Caná

Maria ocupa na história da humanidade um papel ímpar, atestado teologicamente nas sagradas escrituras. Em Lucas 1 acompanhamos a eleição da Virgem Santíssima para Mãe do Salvador. O anjo Gabriel, no sexto mês, é enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré a uma jovem Virgem chamada Maria (Lc 1, 26) ao adentrar, não somente o espaço físico, mas também o coração de Maria, a criatura angelical exclama: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus." (Lc 1,30), Maria é convidada a se alegrar na maternidade que acabara de lhe ser confiada. A partir daquele momento foi introduzido, por obra do Espírito Santo, o Verbo Divino em suas entranhas. A “gratia plena”, assim chamada por grandes doutores da igreja, tornou-se participante do plano salvifíco de Deus, do nascimento de Jesus (Lc 2, 1-7) à sua morte de cruz (Jo 19, 25-27), lá sempre estava Maria. Intercedendo e suplicando ao seu Divino Filho pela humanidade.

Acompanhamos ainda o evangelista São João que narra Jesus, antes de ir para o Pai, confiando a humanidade aos cuidados maternais de sua Mãe, na pessoa de João: “Mulher, eis aí teu filho” (Jo 19, 26) isso nos fazer recordar que somos pertença dessa boa e terna Mãe, e que a ela devemos recorrer em todas nossas necessidades. Acerca da intercessão de Nossa Senhora, São Bernardo de Claraval (1093-1153) afirma com fervor, devoção e confiança que “Maria é a onipotência suplicante.É louvável ressaltar que Maria não possuí poder próprio, tudo lhe é conferido pela graça divina, no entanto ela torna-se onipotente ao suplicar porque sua vontade é uma com o Pai, logo nenhuma recusa lhe faz o seu Divino Filho. Nas bodas de Caná, descrito no evangelho de São João, capítulo 2, é narrado o primeiro milagre de Jesus, por intercessão de sua Mãe Santíssima. Jesus, apesar de ainda não ter chegado a sua hora, pela súplica de sua Mãe realiza aquele gesto concreto e marcante para o início das suas pregações, milagres, sinais e prodígios.

São Luís Maria Grignion de Montfort (1673 – 1716) em seu livro Tratado da Verdadeira devoção a Virgem Maria escreve: “Deus, vendo que somos indignos de receber suas graças diretamente de suas mãos divinas, dá-as a Maria, a fim de obtermos por ela o que ele nos quer dar”, e continua “(A Virgem Santíssima) É tão caridosa que ninguém repele, que implore sua intercessão, ainda que seja um pecador; pois, como dizem os Santos, nunca se ouviu dizer, desde que o mundo é mundo, que alguém que tenha recorrido à Santíssima Virgem, com confiança e perseverança, tenha sido desamparado ou repelido”.

Na Bíblia Sagrada em Tiago 4, 6 encontramos a afirmação que "...Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes. " Maria ao atingir o ápice da humildade atraiu para si todas as graças de Deus, para assim serem derramadas abundantemente a humanidade, sendo para nós a medianeira de todas graças. Nas mensagens dessa Boa Mãe sempre vemos a conformidade de seus pedidos à vontade de Deus, nas aparições da Virgem em Fátima – Portugal, narrado por Ir. Lúcia em seu livro: Memórias, ela relata que um dia apresentam alguns pedidos à virgem Maria e a interrogaram se serão concedidos, a “Senhora de Branco” responde que alguns sim, outros não.

Maria suplica ao Pai por nós, ela é conhecedora da vontade de Deus, logo ela pede somente aquilo que é para nossa edificação, progresso espiritual e salvação de nossa alma. Todo rogo que Maria faz por nós será concedido.

Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787), doutor da Igreja, afirma: “Deus quer que pelas mãos de Maria nos cheguem todas as graças…”. Ora, sendo Maria a mais fiel das criaturas e a bem-aventurada entre todas as mulheres, conclui-se o que é notável, óbvio e evidente o que Santo Agostinho (354-430), dizia:  “As orações de Maria Santíssima junto a Deus têm mais poder junto da Majestade Divina que as preces e intercessão de todos os anjos e Santos do Céu e da Terra.” Santo Agostinho

Nesse sentido, de fato a “Theotókos” (Mãe de Deus) é a caridosa senhora que distribui as graças que obtém de Deus a toda gente mediante a necessidade de cada criatura. Maria não reserva para si nenhuma graça, mas as distribui continuamente e fielmente. Digamos, pois, com confiança nas alegrias e aflições: A onipotência suplicante é nosso consolo. Ela é nossa boa e terna mãe Maria. Sigamos seus passos e seus exemplos, e obteremos de Deus por sua intercessão todas as graças para alcançarmos a pátria celeste.

Salve Maria, Mãe de Deus (Theotókos)!

William Ribeiro Rozeno
Associado da Academia Marial de Aparecida - SP
Escravo de Amor pelo método de São Luís Maria G. de Montfort
Consagrado na Milícia da Imaculada, como cavaleiro da Imaculada,
(M.I - Associação de Fiéis, Publica e Internacional De Direito Pontifício.)
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