Tenho a intenção de oferecer este pouco extenso e modesto artigo em testemunho da presença prudente e discreta de Nossa Senhora no mistério do Tempo Pascal, os cinquenta dias de alegria.
Cristo é Ressuscitado entre seus discípulos desde a manhã da Páscoa.
É momento do Espírito Santo, sopro e força do Ressuscitado, dado aos apóstolos, para fazer seguir a obra do próprio Jesus Cristo.
É momento da Santa Igreja, da nova humanidade, corpo de Cristo, que pelas aparições de Jesus para seus discípulos, regozija-se na convicção de sua presença até o fim dos tempos.
É momento de Maria, Mãe do Ressuscitado, que se alegra pela vitória de seu Filho, a primeira entre os discípulos, testemunha da Ressurreição do Senhor, de sua Ascensão e de Pentecostes, presença sagrada nestas ocasiões.
Ninguém duvida que Nossa Senhora é testemunha da Ressurreição de Jesus, seu Filho. Estar presente no cenáculo esperando o Espírito Santo é indispensável para provar que Maria, Mãe e discípula, não encerrou sua experiência ao pé da Cruz. Maria é a continuidade do mistério de Cristo na dimensão e ordem do Espírito, que se consagra na Páscoa e tem como ápice a efusão do Espírito Santo em Pentecostes. Maria enriquece, desenvolve e assume, da mesma forma que no Calvário, na Igreja nascente, também a figura de Mãe. Maria, a alegria da Nova Jerusalém, a Igreja nascente da Ressurreição.
A Ascensão do Senhor, quarenta dias depois da Ressurreição, festeja a gloriosa subida de Cristo à direita do Pai. Maria na Ascensão do Senhor é uma informação que a tradição nos passa. Maria é a centralidade entre os discípulos, olhando o Senhor ascendendo aos céus, é espetacular entre os apóstolos, caracterizando o aspecto eclesial desta presença, antecipando a espera de Pentecostes.
A imagem da Igreja na terra é Nossa Senhora, orante com as mãos para o céu invocando o Espírito Santo pela Igreja, esposa de Cristo. A partir da Ascensão do Senhor, a Santíssima Virgem roga com humildade que o Espírito Santo habite entre nós. A razão da participação de Maria neste mistério foi testemunhar o ato de entrada no mundo pela encarnação que ocorreu em seu ventre, recebendo a carne do Verbo elevado à glória do Pai, sendo por Deus introduzida no seio da Trindade. Maria é a prova que Cristo é glorificado, terminando com grande êxito as coisas visíveis de seu Filho na Terra. Maria que sentiu em seu seio a encarnação do Senhor é merecedora de vê-lo subir em magnificência.
São Lucas nos narra no Livro dos Atos dos Apóstolos a presença de Maria no Cenáculo de Pentecostes, coloca Maria no meio da vida apostólica, onde na hora da descida do Espírito Santo, ela está com os apóstolos. A efusão do Espírito é semelhante ao mistério da Anunciação, uma idêntica força provinda do alto, força que cobriu Maria com sua sombra, força que agora inunda os apóstolos. Nossa Senhora une o Cristo que encarna e a Igreja que nasce por meio do Espírito Santo como uma testemunha silenciosa, prudente e discreta, em que o Espírito de Pentecostes harmoniza e distingue. À espera do Paráclito, pela sua missão, solidariedade e carisma, Maria é a parte da Igreja com a função de congregar a todos na comunhão.
Em pleno exemplo de Maria para a Santa Igreja Católica, podemos viver o mistério do Tempo Pascal, vendo em Nossa Senhora tais mistérios e os comunicando ao mundo.
O olhar da Mãe no caminho da cruz
Maria olha profundamente nos olhos do seu Filho: o amor nos faz ver de modo semelhante. Maria aceitou e realizou a obra do Espírito Santo, pelo seu fiat o “Verbo se fez carne”. Como é possível? Pode-se questionar! Um cristão tem consciência de que não está trabalhando sozinho. Cada um dos seus atos nasce da sinergia, da colaboração divino-humana, isto é, do seu próprio esforço e da graça do Espírito Santo.
Santa Missa da Solenidade da Santa Mãe de Deus
Celebramos nesta Segunda-feira, dia 1º de janeiro do ano da graça de 2024, a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e o dia mundial da paz. Peçamos a intercessão de Nossa Senhora pela paz mundial, que todos os povos se unam num único objetivo que é promover a paz.
Santa Maria Sempre Virgem de Guadalupe (Coatlaxopeuh)
A aparição de Maria no México possui uma grande gama de sinais e significados; um milagre que podemos dizer que é o mais extraordinário que Deus realizou através da Virgem Santíssima. A aparição aconteceu em 1531, a um índio asteca de nome Juan Diego, que indo em direção a Cidade do México tem o encontro com a Mãe de Deus, que pede a ele que vá ao bispo pedir que construísse naquele local uma Igreja dedicada a ela, para que muitas outras pessoas pudessem ir ao encontro dela para pedir a sua intercessão, para que assim ela pudesse junto ao seu Filho alcançar as graças necessárias a eles.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.