Eram 10h do dia 11 de novembro de 1955, quando o então cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, acionou a betoneira responsável por produzir o concreto utilizado na fundação das primeiras sapatas da Nave Norte. O momento marcou o início efetivo das obras do Santuário Nacional, que, há 70 anos, segue sendo edificado graças à ajuda dos devotos da Padroeira do Brasil.
A própria motivação para a construção do novo templo nasceu do anseio dos devotos da Senhora Aparecida. A edição de 20 de junho de 1946 do Jornal Santuário de Aparecida registrou, em suas páginas, o discurso de Dom Motta: “levantando para Nossa Senhora Aparecida o seu novo Santuário, a nova Basílica que há de ser grande, vasta, rica, - como o povo quer. Será a oração de pedra para os céus, pujante como a fé do povo brasileiro!”, disse o prelado.
“Desde suas origens o Santuário Nacional conta com a ajuda do povo de Deus, dos devotos de Nossa Senhora e, hoje, da Família dos Devotos. É isso que chamamos de sinodalidade, esse trabalho em conjunto com os romeiros que permite que a igreja seja construída”, atesta o missionário redentorista, padre Alberto Pasquoto.
O religioso acompanhou de perto as sete décadas de edificação da Casa da Rainha dos brasileiros. “Em 1955, quando começou a fundação da Nova Basílica, nós, como seminaristas, vínhamos aqui e admirávamos as escavações e os buracos grandes para o fundamento da Basílica Nova”, recorda.
Assim como o sacerdote, Lázaro Ribeiro da Costa também testemunhou esta história. Por 51 anos, ele atuou na obra do Santuário Nacional e se lembra bem da presença dos peregrinos – sinal de sinodalidade já naquele período.
“Eles estavam presentes em grande quantidade. Os que vinham de fora, de longe, traziam doações para o Santuário”, conta Lázaro.
Para ele, a obra só pode ser realizada até hoje, pois é feita de muitas mãos, como em uma orquestra. “É um trabalho em conjunto, com todos querendo ajudar na construção da igreja”, afirma o construtor.
Esta também foi a imagem usada pelo Papa Francisco para definir, em outubro de 2023, a sinodalidade. Para o pontífice, “uma sinfonia vive da sábia composição dos timbres dos diversos instrumentos: cada um dá o seu contributo, ora sozinho, ora combinado com outro, ora com todo o conjunto. A diversidade é necessária, é indispensável. Mas cada som deve concorrer para o resultado comum. E, para isso, é fundamental a escuta mútua: cada músico deve ouvir os outros... Faz-nos bem espelhar-nos na imagem da orquestra, para aprendermos cada vez melhor a ser Igreja sinfônica e sinodal”.
“Com certeza, a obra do Santuário é sinodal. Ela tem muita ajuda do povo, uma coisa maravilhosa. Aquilo aumentava até a fé da gente, ver o pessoal ajudando a Basílica com alegria, ver a fé de cada romeiro que chegava para visitar a obra”, concorda Lázaro, que participa da Família dos Devotos e é Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística no templo.
É graças a ajuda de cada devoto que, há mais de sete décadas, a construção do Santuário Nacional é sinal de sinodalidade. Ao mesmo tempo, é expressão do amor dos brasileiros pela sua Padroeira.
Eucaristia, pão da comunhão e da sinodalidade
A Eucaristia também é o pão que “interpela a vida através da missão e do ministério pastoral, dando impulso à caridade dentro e fora da Igreja”.
Igreja, sinal de esperança e corpo de peregrinos
A Igreja está sempre a caminho. Ela é, por sua essência, peregrina, pois tem sua pátria verdadeira no Reino dos Céus.
É o Senhor que chama
O mês vocacional 2025 convida a Igreja no Brasil a considerar o chamado que Deus faz a cada um nas diferentes vocações e, neste ano marcado pelo jubileu ordinário, queremos ser no mundo sinais de esperança
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