Desde os primórdios do cristianismo, como herdeiros de algumas práticas religiosas do judaísmo, os cristãos sempre conceberam o gesto de peregrinar a lugares santos como uma experiência de encontro com o Senhor. São várias as narrativas bíblicas que registram a experiência de homens e mulheres que saíam dos mais variados lugares para celebrarem a páscoa em Jerusalém. Para os membros do povo da antiga aliança era necessário pelo menos uma vez na vida se dirigir à cidade que denominavam de eterna.
Os anais da história cristã também registram muitas experiências de peregrinação vividas por aqueles que, a exemplo dos primeiros discípulos de Cristo, deixaram tudo para anunciá-lo ao mundo, peregrinando de um lugar a outro. Um dos mais belos textos se chama Peregrinação de Etéria. Com riqueza de detalhes, essa discípula do Senhor deixou registrado para a posteridade o modo como os cristãos das primeiras horas celebravam a Páscoa do Senhor, em Jerusalém. O relato nasce de uma peregrinação dessa jovem a essa terra bendita e de sua participação nas celebrações que recordavam, de modo memorial, a paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Do tempo de Etéria até nossos dias o povo de Deus não deixou de peregrinar a santuários, para ali experimentar a ação misericordiosa do Senhor. Por isso, uma peregrinação é sempre um momento forte de experiência de Deus, que convida o peregrino a um processo de conversão. Converter-se não significa uma mudança superficial de vida, mas o trilhar de um caminho que nos faz discípulos, capazes de ter uma vida segundo o Espírito de Cristo, o eterno peregrino do Pai. Desse modo, o que nos cabe, como peregrinos, é irmos ao encontro do Senhor, com cantos e orações.
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