Com alegria e esperança, acorremos todos neste Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Muito obrigado Dom Orlando, por este grande presente. Muito obrigado, padre Eduardo. Muito feliz como todos os romeiros e romeiras que se encontram neste Santuário. Aqui viemos trazendo nossas alegrias, nossas esperanças, nossas tristezas, nossas angústias, e acima de tudo viemos porque nós amamos Nossa Senhora.
Vamos repetir? Nós amamos Nossa Senhora. E nesta noite de hoje, com o seu Magnificat, Nossa Senhora nos traz três grandes ensinamentos. O primeiro deles é ter um coração agradecido, Nossa Senhora sabe reconhecer os grandes feitos de Deus na sua vida, na história do Seu povo.
Para nós hoje, irmãos e irmãs, é um grande desafio percebermos a presença de Deus, em meio as guerras, em meio ao genocídio, em meio a morte de crianças, em meio a violência, onde está Deus? Maria Santíssima nos ajuda a sentir a presença de Deus na nossa história, na nossa vida, Deus está presente, junto aos sofredores da história.
Deus que não nos abandona, é este o primeiro grande ensinamento de Nossa Senhora. E vamos pedir a Ela, Nossa Senhora nos ensine a ter um coração agradecido. Nossa Senhora nos ensine a ter um coração agradecido!
O segundo ensinamento que Nossa Senhora nos deixa com o seu Magnificat é o ensinamento da profecia, voz forte que Nossa Senhora levou para denunciar os poderosos que haverão de cair dos seus tronos, para que os humildes sejam elevados, sejam erguidos.
Hoje o Santo Padre, o Papa Leão XIV, nos brindou com uma exortação apostólica, e ali ele nos ensina que Jesus ama os pobres. Buscando a inspiração no livro do Apocalipse, o Santo Padre, vai relacionar com Maria Santíssima, no Seu Magnificat.
Ela que cantou a ação de Deus na história, a profetisa de Deus, porque denunciou os poderosos deste mundo e anunciou a elevação dos humildes, dos fracos, dos empobrecidos. O grande profeta, Dom Helder Câmara, fazendo menção ao Magnificat, Nossa Senhora, vai ele dizer, nem precisaria despedir os ricos de mãos vazias para saciar os pobres, nem ricos e não pobres, porque somos todos irmãos e irmãs.
Dom Geraldo dos Reis Maia no 7° dia de Novena
Neste Magnificat, Nossa Senhora, Nossa Mãe tão Querida, nos ensina, a construir um mundo novo, profetiza da justiça do mundo novo, deste mundo que nós queremos construir, de mais justiça, de mais solidariedade, de mais fraternidade.
Ouvimos o testemunho de Irmã Dorothy, deu a sua vida, como profetiza dos povos da Amazônia. Trazemos aqui também, quem de nós não conhece, Padre Júlio Lancelotti, o homem que traz o grande amor pelos pobres, que compreendeu o que significa, servir a Deus, na pessoa dos empobrecidos.
Segundo o ensinamento de Nossa Senhora, sermos um povo de profetas, nós não podemos deixar cair a profecia. Vamos repetir, não podemos deixar cair a profecia, somos um povo de profetas, de profetizas.
Terceiro ensinamento que Nossa Senhora nos deixa nesta noite de hoje é o compromisso de construir uma nova humanidade. Essa grande esperança que nós trazemos, irmãos e irmãs, porque Maria Santíssima traz no seu ventre essa nova humanidade, Jesus Cristo.
A Constituição Pastoral do Concílio Vaticano II, no seu número 22, nos lembra, que Jesus Cristo, revela o homem ao próprio homem e lhe descobre a sua vocação mais sublime. Jesus Cristo é o revelador do que é o ser humano, do que é a humanidade, é nele que nós buscamos inspiração para esta nova humanidade.
Construímos tantos projetos, tantos sonhos, tantas esperanças, especialmente, na terrível experiência da pandemia. Pensávamos no mundo diferente, no mundo novo, mas aí está, este mundão de meu Deus, com suas fragilidades, com seus desafios, tantos projetos, tantas teorias.
Eu recolho, do meu querido vale do Jequitinhonha, onde eu sirvo três exemplos, três testemunhos. O primeiro deles é o testemunho, de dona Isabel.
Dona Isabel, de Santana do Araçuaí, descobriu um jeito novo de fazer artesanato, e a partir dali, ela foi mudando, a sua vida, a vida da sua família, a vida daquela pequena comunidade. E depois, o seu artesanato ficou famoso, pessoas de longe, até do estrangeiro, vinham para adquirir as obras de dona Isabel, e ela com muita simplicidade dizia para aqueles que chegavam: “Comprem também da minha vizinha, a minha vizinha também faz bem, e ela tem oito filhos para cuidar”. Dona Isabel, a artesã, nos ensina a solidariedade, não o acumular, mas ser solidários.
Peçamos a Nossa Senhora, Nossa Mãe Querida, nos ensine a ser solidários, Nossa Mãe Querida, nos ensine a ser solidários.
Um segundo exemplo que eu trago, um segundo testemunho, é de Cleonice. Cleonice é líder indígena, da aldeia, Cinta Vermelha, Pataxó-Pancararu, mulher vigorosa, profetiza, ali no vale do Jequitinhonha. Luta, pelas minorias do seu povo, luta pela vida, construir uma nova humanidade. Irmãos e irmãs, construir uma nova humanidade, passa pela solidariedade, pelo respeito à vida, pelas minorias.
Um terceiro e último testemunho que eu trago, dona Dora. Dona Dora, vive na Chapada do Lagoão, no meio da floresta, é ali que ela retira as ervas, os remédios, para curar o povo. Dona Dora, foi perseguida, passou quase um mês escondida no meio do mato, por conta daqueles, ambiciosos que queriam somente retirar os lucros, e não pensavam na natureza. Dona Dora soube e sabe, valorizar a natureza, e cuidar desse mundo criado por Deus.
Assim, irmãos e irmãs, a nova humanidade que Nossa Senhora gerou no seu ventre, passa pela solidariedade, pelo cuidado com a vida, pelo respeito, pelo mundo criado, salvando a ecologia tão bem representada aqui nesses belos painéis.
Assim, nesta noite de hoje, nós nos voltamos a Maria Santíssima, e com ela, nós cantamos o seu Magnificat, esperança de uma nova humanidade. Peçamos juntos, nossa Mãe Querida, ajuda-nos a ser solidários, a cuidar da vida, a cuidar do mundo criado. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado.
Fonte: Dom Geraldo dos Reis Maia
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