O mundo que não compreende a dor dos outros é um mundo que oprime e mata. Quem só pensa em si, não entende o mistério da dor alheia.
Há pessoas com essas tendências em nosso mundo, autoflagelando-se, não com pedras, mas com isolamento, com falta de vontade de superar suas dificuldades, de restaurar-se. A incompreensão dos outros as ajuda a permanecer nesse clima. É triste.
Jesus não fugiu dele, ao contrário, aproximou-se. Ofereceu-lhe a oportunidade de vida. Com certeza aquele homem se sentiu atraído por Jesus e se achegou dando seu grito mudo. Parece que sabe que junto de Jesus é capaz de reconstruir, de restaurar sua vida, mas ao mesmo tempo deseja ficar onde está.
Ninguém precisa permanecer como um eterno necessitado, tendo até algum proveito de sua própria dor: Chamando a atenção dos outros! É a acomodação favorável.
Para nos libertarmos e nos sentirmos pessoas inteiras, temos de admitir nossas chagas ou feridas. O primeiro passo para a liberdade é reconhecer onde estamos, como estamos e tomar a decisão necessária.
Conhecemos fatos que nos mostram que para os pais a carreira dos filhos era mais importante do que a própria vida deles. Conhecemos também os que tudo fazem, até o impossível, para verem recuperados os que estão à margem da vida, sufocados pelos interesses alheios, como os de um traficante ou um corrupto. São feridas abertas de nossa sociedade, incuráveis pela falta de ética e de dignidade.
É inútil neste mundo quem abre feridas nos outros, como um traficante. Sabemos dos dramas das vítimas e de suas famílias, na luta para devolver a vida a quem a perdeu, ou até a jogou fora por negligência.
Talvez, o drama daquele homem do Evangelho é o de muitos irmãos nossos. Mas aqui nasce a confiança que brota da Palavra de Deus e torna-se viva pela caridade, pela bondade de tantos cristãos que se põem ao lado desses sofredores: “Ele cura os de coração atribulado e enfaixa suas feridas” (Sl 147,3). Restauração interior é, pois, curar a pessoa inteira, como fez Jesus, como podem fazer os cristãos autênticos. E isso é amar e defender o dom sagrado da vida!
Os humildes, sempre os humildes!
A esperança nasce na humildade: no silêncio de Belém, Deus se revela aos simples e transforma vidas.
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