O ano jubilar, vivido ao longo de 2025, é marcado por diversos sinais. Um dos mais conhecidos é a indulgência, que “permite-nos descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus” (Papa Francisco, Spes Non Confudit, 23). Trata-se da “remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja” (Paulo VI, Indulgentiarum Doctrina, norm. 1,12). Ou seja, o fiel, ao cumprir as exigências para receber uma indulgência, tem, em estado de graça, a pena temporal de seus pecados, que a pessoa deveria pagar no Purgatório, apagada.
“O sinal do Jubileu permanece o da indulgência. Esta é a coisa importante. O papa diz que a indulgência é graça que nos foi dada. Eis porque devemos nos empenhar para descobrir o grande sinal de indulgência jubilar”, afirma Dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização e responsável pelo Jubileu 2025.
“A relação é de vínculo profundo entre Jubileu e indulgência. O Jubileu nos leva à indulgência. E a indulgência, ou seja, a remissão de nossas culpas e pecados temporais, nos coloca diretamente em condição de celebrar com alegria a fé que nós professamos na nossa Igreja”, explica padre Rogério Ramos, missionário redentorista e professor de Direito Canônico no Instituto Teológico São Paulo (ITESP).
“Para isso é necessário que o fiel esteja com o coração aberto, com o coração disposto para se reconciliar consigo mesmo, reconciliar-se com os irmãos e reconciliar-se, por fim, com o próprio Deus”, detalha.
Na bula de convocação do Jubileu da Esperança, o Papa Francisco estabeleceu que a Indulgência plenária jubilar poderá ser recebida de diversas formas: nas sagradas peregrinações às Igrejas Jubilares e Basílicas Papais, nas piedosas visitas aos lugares sagrados e nas obras de misericórdia e de penitência. “O fundamental é que o fiel esteja disposto à reconciliação”, complementa o sacerdote redentorista.
Como receber a Indulgência plenária jubilar durante uma peregrinação no Ano Santo? • Peregrinar a uma Igreja Jubilar, ou às Basílicas Maiores, e ali participar de uma celebração litúrgica ou de momentos paralitúrgicos descritos na bula Spes non Confundit; • Ter total desapego a qualquer tipo de pecado, mesmo venial; • Realizar a confissão sacramental de forma auricular, com um sacerdote católico; • Receber a comunhão eucarística; • Rezar nas intenções do Santo Padre, o papa. |
Aqueles que por motivos justos, como religiosos de clausura, idosos, doentes e presos, não puderem realizar essas peregrinações e visitas, também poderão receber a Indulgência Jubilar desde que, verdadeiramente arrependidos, acompanhem ao vivo, pelos meios de comunicação, as peregrinações e eventos jubilares. O momento deve ser acompanhado pelo Pai-Nosso, a oração do Credo e outras preces, oferecendo seus sofrimentos ao Senhor, como dispõe a Penitenciaria Apostólica do Vaticano.
A Igreja nos oferece este tempo de graça, de celebração, de reconciliação, pelos méritos que Jesus Cristo, ao instituí-la, deixou”, instrui padre Rogério. “O Romano Pontífice, ao convocar o Jubileu, ele naturalmente está dispondo a Igreja ao oferecer aos seus fiéis a indulgência dos seus pecados”.
Além das peregrinações às Igrejas Jubilares, a Indulgência também poderá ser recebida, nas dioceses e arquidioceses, por meio da Bênção Papal indulgenciada, que poderá ser dada em uma celebração a ser escolhida pelos bispos locais. A concessão, oferecida pela Penitenciaria Apostólica, detalha que, neste caso, a Indulgência “pode ser obtida por todos os fiéis que receberem tal Bênção nas condições habituais”.
Formas de conseguir a Indulgência plenária durante o Jubileu da Esperança • Peregrinando a uma Igreja Jubilar: As peregrinações feitas às Igrejas Jubilares e a participação nas celebrações serão oportunidades para receber a Indulgência Jubilar. A romaria às Basílicas de Aparecida, por exemplo, será a oportunidade de acolher esta graça especial; • Visita aos lugares santos em Roma e na Terra Santa: As visitas às Basílicas Papais em Roma e aos lugares da Terra Santa são indulgenciadas, desde que se dedique aí um tempo para orações e adoração à Eucaristia; • Realizando obras de misericórdia e penitências: Visita a doentes, presos, idosos em solidão e pessoas com alguma deficiência são oportunidades para receber a Indulgência. Igualmente as práticas penitenciais, como a abstenção às sextas-feiras de carne (cf. CDC, cân. 1250), a prática do jejum e a caridade. Em todos os casos, é preciso unir o ato à “confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice. Requer-se além disso rejeitar todo o apego ao pecado, qualquer que seja, mesmo venial” (Paulo VI, Indulgentiarum Doctrina, norm. 7, 12). |
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