Revista de Aparecida

Maria, Mãe da esperança!

Escrito por Pe. Ferdinando Mancílio, C.Ss.R.

08 OUT 2025 - 07H00 (Atualizada em 08 OUT 2025 - 08H48)

Gustavo Marcelino

Escutem isso, peregrinos, talvez cansados e tristes, de tanto pisar o chão duro da estrada, de calcar serras e terras cheias de pedras e pedregulhos, e talvez nem as aves ali encontram algum alimento para matar sua fome.

Mas, mesmo nessa realidade tão dura e tão fria, nasce a esperança, aquele toque divino em nossa existência que nos faz olhar confiantes e ir adiante: a BELA ESPERANÇA, que chega de mansinho, sem alarde, e toca o coração.

Ser peregrino, colocar-se a caminho movido pelo mistério divino, sua presença amorosa que ultrapassa a história, as fronteiras do tempo.

Não se trata de otimismo ingênuo, mas de certeza de que o Senhor não abandona jamais quem se põe a caminho. O horizonte é o ponto de nossa chegada e por isso jamais perderemos a direção.

Nossa Senhora fez exatamente essa experiência: Toda de Deus, santa, bendita, se pôs a caminho, como peregrina, lá para Ain Karin, uma cidade nas montanhas de Judá, e foi apressada para ajudar Isabel, mãe de João Batista, o precursor de Jesus.

Peregrinar é encontrar. Percorreu aquela estrada em silêncio, porém, pulsava em seu coração o amor, a eternidade: Lá estava quem precisava ser amada, de auxílio, de proteção. Ser peregrino é encontrar-se com o outro. Acomodação não é bom nem é próprio do cristão. Tem esperança quem faz sua peregrinação em direção ao outro, que precisa de uma mão estendida. Esse peregrinar aprendemos de Nossa Senhora, pois, não se fundamenta naquilo que nos seja favorável, mas na fidelidade de Deus e do amor. Desde o encontro com Isabel até o alto do Calvário, Maria foi peregrina fiel ao Senhor.

Essa peregrinação devemos também fazer: Fidelidade ao Senhor!

Do coração materno de Maria nasceu nossa esperança, e que ela mesma cultivou com o fervor de seu amor a Deus: “O Senhor fez em mim maravilhas” (Lc 1,49).

Quando olhamos para Maria, Mãe da esperança, ficamos mais em paz, pois sabemos que seguindo seu exemplo vamos encontrar a vida em abundância.

Façamos nossa peregrinação, celebremos o Ano Jubilar, procuremos alcançar os benefícios de Deus, mas que, bem dentro de nós, venham morar a caridade e a misericórdia. E essa esperança nos faz estender as mãos aos que estão à margem da vida, excluídos e menosprezados, que os falsos líderes insistem em dizer que não existem. Antes de tudo, ser peregrino com a Mãe da Esperança, é dispor-se a ouvir, meditar e praticar o Evangelho de Jesus, abandonando as ideologias dos opressores e fomentadores de discórdia. A fidelidade de Maria é interrogação à nossa fidelidade. A esperança de Maria nos motiva e nos incomoda, pois certamente temos muito que aprender para crescer no amor fiel. Mãe da Esperança, intercedei por nós!

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