Revista de Aparecida

Maria, Rainha da Paz

Escrito por Márcia Terezinha Cesar Miné Geraldo

30 DEZ 2025 - 07H20

Thiago Leon

Em setembro de 2025, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas divulgou que há 61 conflitos em andamento pelo mundo. O número de pessoas afetadas por esses conflitos, guerras, violência e perseguições somava 120 milhões de pessoas até abril deste ano. O mundo clama pela paz. A Igreja, guardiã da vida humana criada à imagem e semelhança de Deus (Gn 1,27), está presente na busca de caminhos e alternativas para que a paz reine entre as nações, povos e corações. No dia 1º de janeiro, na solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, celebramos o Dia Mundial da Paz, instituído pelo Papa Paulo VI, em 1967 (Mensagem para o Dia Mundial da Paz – 1968). Nesse dia, a Igreja se une em oração pelo cessar fogo e para refletir sobre as pequenas ações que contribuem para a cultura da paz. Maria de Nazaré, Mãe de Jesus, recebe o título de Rainha da Paz. É Rainha por ser a Mãe do Rei, conforme o Evangelho de São Lucas (Lc 1,32-33). Com a Encíclica Ad Caeli Reginam (1954), o Papa Pio XII oficializou a festa litúrgica de Maria Rainha, fundamentando teologicamente sua realeza espiritual e materna. No entanto, o pontífice Bento XV, na encíclica Pacem Dei Munus Pulcherrimun (1920), já chamava Maria como Rainha da Paz, confiando “à vossa proteção materna” o clamor da humanidade sofrida.

Tudo em Maria está vinculado a Jesus. O profeta Isaías anuncia o nascimento do Príncipe da Paz (Is 9,5), a tradição reconhece que sua Mãe participa dessa missão de reconciliação, cuidado e paz.

A primeira e mais perfeita discípula de Cristo nos ensina a dizer sim aos planos de Deus, com coragem e confiança (Lc 1,38); a praticar a caridade (Lc 1,39-45); a saber a hora de se retirar (Mt 2,13-18) e o momento de retornar (Mt 2,19-23); o instante de escutar (Lc 2,51) e a ocasião de falar (Lc 1,46-55). Seu exemplo nos convida ao discernimento, à prudência e à confiança. As palavras dirigidas a São Juan Diego: “Não estou eu aqui, que sou sua Mãe?”, ecoam através dos séculos como a certeza de sua presença entre nós.

A dimensão materna e pacificadora de Maria é reforçada por São João Paulo II: “Maria, Rainha da paz, com a sua maternidade, com o exemplo da sua disponibilidade às necessidades dos outros, ampare os homens e as mulheres que se empenhem para construir a paz.” (1995). Com essas palavras inspiradoras, peçamos a intercessão de Nossa Senhora para sermos construtores da Paz.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Márcia Terezinha Cesar Miné Geraldo, em Revista de Aparecida

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...