Revista de Aparecida

Mistério de amor, mistério da vida

Escrito por Pe. Ferdinando Mancílio, C.Ss.R.

28 FEV 2024 - 00H05 (Atualizada em 28 FEV 2024 - 09H30)

Santuário Nacional/ Thiago Leon

Certamente que homens e mulheres já se perguntaram e continuam a se perguntar sobre o sentido da vida. Por ser tão bela, por ser dom de Deus, porque o Senhor infundiu em nossa existência o divino e o humano, somos tão enriquecidos que nada queremos perder. A vida é dom divino e por isso devemos amar e defender a vida do seu alvorecer ao entardecer.

Nas sendas que a vida nos mostra, na labuta de cada dia, encontramos o sentido de nossas ações, de nossas decisões, pois o Senhor vai infundindo em nós sua luz, iluminando nosso coração, dando-nos a força que precisamos para trilhar suas sendas.

Buscar o sentido da vida é buscar o rosto de Deus, sua face divina, é compreender que a vida é mais forte que a morte, e a nostalgia perde seu sentido, pois a última vitória é a do amor sobre a morte, é a vitória da vida sobre o nada. Por isso, viver é dom divino, dom de amor, alvorecer sem fim da paz.

Quando Jesus nos ensinou que é preciso amar do jeito que Ele amou, estava nos dispondo a adentrar o mistério sublime da vida como dom e com vitória sobre toda realidade de morte ou de desesperança.

A vida é encontro do amor de Deus para com a humanidade inteira, e ao mesmo tempo com cada um de nós. O amor, por sua vez, em seu dinamismo divino, nos faz nos encontrarmos com Deus. Por isso, a vida é a dinâmica do amor que vem de Deus até nós e nos leva até Deus. Sem amor não há encontro, não há vida.

Essa vida que nasce desse amor está constantemente ao nosso alcance: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouve a minha voz e me abre a porta, eu virei a ele, cearei com ele e ele comigo” (Ap 3,20). Não somos nós que “produzimos” a vida, ela vem de Deus, e ela nos tem. Quando dizemos que “alguém” perdeu a vida, será que isso é verdade? Não podemos perder, pois é a vida que nos tem, sendo assim, como podemos perdê-la? A vida está à nossa porta e bate constantemente, mas é preciso abri-la para que ela possa entrar e fazer sua morada em nós. Aqui está a gratuidade do amor de Deus por nós, Ele vem e ilumina todos os espaços de nossa existência, de nossa alma.

O que devemos fazer? Jamais nos cansarmos de dar sentido à vida que o Senhor nos deu de presente, na gratuidade de seu amor. Amar a vida e defendê-la sempre, sem jamais vacilar. Peçamos que a luz divina nos ilumine sempre, sem cessar, principalmente nas horas incertas, nas dificuldades de nossas limitações humanas. Podemos ter pouca luz no meio da neblina, mas sabemos que além dela há luz em abundância. A noite sempre traz a aurora e um novo alvorecer. Bendita seja a vida, que precisa ser amada por mim e por você, por toda a humanidade!

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Pe. Ferdinando Mancílio, C.Ss.R., em Revista de Aparecida

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...