Atenção à palavra: não confundir com hipótese. A identidade de Jesus resume-se em explicar que Ele é Deus e homem ao mesmo tempo. Já o Concílio de Éfeso (ano 431) advertia: Cristo é Deus perfeito e é homem perfeito. Não podemos separar “Deus-Filho”, do “homem-Jesus” Seria negar o mistério da Santíssima Trindade. Mas, como é possível que uma pessoa seja ao mesmo tempo Filho-de-Deus e filho-de-Maria?
Desde o início, houve no Cristianismo discussão e confusão, ao longo dos séculos, até a fé professar que em Jesus Cristo subsistem duas naturezas a divina e a humana, numa só pessoa. Concílios e Sínodos convocados. Livros escritos. Interpretações bíblicas diferentes. Opiniões teológicas arduamente elaboradas. Filosofias. As tentativas de se chegar à compreensão maior do mistério de Jesus passaram por longo processo. Filtrando heresias, superando as ameaças de cismas na cristandade, bem como inevitáveis ingerências de poder político e de escolas filosóficas. O tempo agudo da discussão foi do século V (400) ao século VII (600). As heresias negavam ou a humanidade, ou a divindade de Jesus Cristo. Em 451, o Concílio de Calcedônia repisou o de Niceia, e reafirmou que a divindade e a humanidade estão unidas na única pessoa de Jesus Cristo, e que não são separadas nem misturadas.
Em resumo, o problema consistiu em afirmar a unidade pessoal de Jesus Cristo e ao mesmo tempo a necessidade de distinguir nele as duas naturezas, a divina e a humana. Recorreu-se às palavras: hipóstase e união hipostática. São categorias do pensamento grego. Aos poucos foram adotadas na linguagem cristã e iluminadas com a Revelação. Isso aconteceu também com outros conceitos: koinonia; epifania, parusia, teofania, por exemplo. A reflexão teológica, serviu-se dessa terminologia hipóstase (pessoa) e união hipostática e formulou o dogma da Santíssima Trindade. Isto é, “designou o Pai, o Filho e o Espírito Santo em sua real distinção de pessoas entre si; e designou que essa distinção vinha da referência relacional de uns aos outros” (Catecismo Católico, números 251, 252). O jubileu de 2025 anos de Jesus Cristo realça os 1.700 anos do Concílio de Niceia (ano 325). Esse Concílio Niceno-constantinopolitano, com os chamados Concílios Trinitários, deixaram um conteúdo dogmático decisivo para conhecermos mais o mistério de Jesus. Nisso, o Jubileu veio também para orientar e corroborar nossa vida humana na fé em Cristo.
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