Revista de Aparecida

Se é Natal, temos de renascer...

Uma criança nasceu numa noite silenciosa, na qual as estrelas foram as testemunhas de insondável dádiva

Escrito por Pe. Ferdinando Mancílio, C.Ss.R.

15 DEZ 2022 - 11H43 (Atualizada em 26 DEZ 2022 - 16H54)

Thiago Leon

burburinho dos transeuntes e dos festeiros da noite não quebraram o silêncio daquele Natal de um Menino frágil, colocado numa manjedoura.

Ali, era cuidado e amado por seus pais, Maria e José, com o amor que esse estendia até à eternidade. Não havia nem mesmo os paninhos tão necessários para os cuidados dignos. Aquele que era o Senhor, o tudo, fazia a experiência do nada.

As glórias vãs que buscamos são tão quebradiças como um cristal bonito, e os holofotes das ilusões por um nada se quebram ou se apagam. 

Natal é convite para viver o nada, na certeza de alcançar o tudo que não passa.

Jesus abraçou o NADA para fazer-se TUDO no meio de nós. O Natal daquele que é o Senhor e não teve “nem mesmo onde reclinar a cabeça”, e foi sepultado num túmulo que não era seu, continua a nos ensinar que, querer tudo é alcançar o nada; mas que abraçar o nada é alcançar o tudo.

Natal é a festa da mudança de vida; a hora de colocar vinho novo nos odres velhos de nossa vida.

Da manjedoura – nome bonito, mas era o lugar onde se colocava o alimento para os animais – brota para a humanidade toda a força da esperança, mas também exige de nós conversão, mudança de atitudes, jeito novo e autêntico de pensar.

Natal é tempo de repensar nossa vida nos valores e no sentido que o presépio nos oferece. Com Ele, quando nos sentimos frágeis, então é que somos fortes.

Aprendamos a ler na noite de Belém o quanto amor nos vem do Senhor. No presépio encontramos a força que precisamos para carregar nossas lutas e labutas. Pesa muito sobre os ombros alheios a indiferença, a frieza, a discriminação inútil e desumana.

Sejamos carregados de paz, como a ovelha levada à tosquia ou ao matadouro. Desconfiemos dos falsos pastores tão carregados de fake news. Sejamos fiéis ao projeto do presépio, pois assim o Senhor nos conduz às verdes pastagens.

A noite de Belém, com suas estrelas, nos ensinem a caminhar na direção certa, sem dúvidas ou devaneios. Elas nos conduzam à verdadeira alegria. José nos ensine a viver o silêncio acolhedor e justo, cumpridor da vontade divina em primeiro lugar e acima de tudo. 

Maria nos dê a coragem e a sabedoria da humildade, da sinceridade e da profecia cantada no Magnificat.

Aproximemo-nos da manjedoura, e ali depositemos nossas fraquezas, inseguranças, como pobres diante do Senhor dos senhores, e como os Pastores saiamos a cantar pela vida e pelo mundo afora: Gloria, in excelsis Deo! Amém.

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