As cenas de reconciliação costumam ser comovedoras. Seja num filme, seriado ou romance, na medida em que se apresente suficientemente bem a ruptura, e de forma pouco artificial o perdão, tal cena pode fazer escorrer mais de uma lágrima.
Contemplemos agora a história de José do Egito. Na Bíblia pode ser lida a partir do capítulo 37 do livro da Gênesis, mas, para fins práticos, destaquemos apenas alguns pontos: traído pelos seus irmãos (Gn 37,23), vítima de injustiças (Gn 39,7-15; 40,23; etc), reinserido na sociedade depois de muita adversidade (Gn 41,37-40), num momento determinado – por conta da fome que prejudicou todo mundo – se encontra de novo com seus irmãos que vão até Egito para pedir ajuda (Gn 42,5-7).
Leia MaisSanta Teresa D’ Ávila: 7 frases para curar a sua almaEles não sabiam que aquele funcionário era José. Aliás, não sabiam que estava vivo. Assim, desta vez José tem nas suas mãos a possibilidade da vingança, ou no mínimo da reivindicação. Poderia reclamar de tudo o que sofreu, poderia fazer justiça. Mas, aqui vem o surpreendente.
Sua história não é mais a da injustiça e da maldade sofrida, mas a história da Providência que sempre age. Foi enviado ao Egito para poder salvar sua família, e com eles, preservar a Promessa feita por Deus aos filhos de Abraão.
Citemos aqui parte desse encontro de José com seus irmãos:
"Então José, não podendo mais se conter diante de todos os que o rodeavam, gritou: ‘Fazei sair todos de minha presença’. Desse modo, ninguém ficou com ele quando se deu a conhecer a seus irmãos. Pôs-se a chorar tão alto que o ouviram os egípcios e até mesmo a corte do faraó. José disse a seus irmãos: ‘Aproximai-vos de mim!’. E tendo-se aproximado, disse-lhes:
‘Eu sou José, vosso irmão, que vendestes para o Egito. Não vos aflijais por isso, nem vos atormenteis por me terem vendido para cá; pois foi Deus que me enviou adiante de vós, para preservar-vos a vida. (...) Deus me mandou à vossa frente para ser conservado para vós um resto sobre a terra e para salvar-vos a vida com uma grande libertação’.” (Gn 45,1-5.7)
Este relato bíblico é icônico para refletir no perdão e na Providência. Ao longo da vida todos cumulamos feridas, relacionamentos mal resolvidos: alguns com os pais, outros com os irmãos, talvez com quem era um grande amigo, ou com quem acabou gerando uma desilusão amorosa.
Leia MaisA poderosa intercessão de Nossa Senhora acalma as nossas tempestadesÀs vezes o tempo - uma medicina lenta, mas muito eficaz - é um remédio bastante bom. Mas Deus nos oferece algo mais. Ele realmente "cura os corações atribulados e enfaixa suas feridas" (Sl 147,3). Cristo Ressuscitado transfigura nossas dores; alguns Padres destacam como Nele as feridas da Paixão são glorificadas.
Quando o coração humano não é mais capaz de perdão, quando as feridas chegam num ponto no qual os remédios parecem não fazer efeito, talvez apenas então percebamos que só Deus sabe perdoar verdadeiramente, que o perdão e a reconciliação são, na verdade, participação no perdão e na reconciliação de Deus.
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