Quer uma boa sugestão para se aprofundar na fé? O livro “Luz na Escuridão”, da Editora Santuário. O autor do livro, Rômulo Barros, é criador, roteirista e diretor dos seriados “Supletivo do Céu”, “Família Rocha”, dos programas “Cerimônia do Manto”, “Rezando com Maria” e “Coroação”, além de outros trabalhos para a TV Aparecida.
Neste post você confere o conteúdo completo da entrevista do Supertop da Revista Jovens de Maria.
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Como surgiu a ideia do livro?
Quando comecei a trabalhar na TV Aparecida e depois no Santuário, tive contato com a história do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba em 1717. Não me lembro de ter debruçado sobre a narrativa do encontro antes de vir trabalhar em Aparecida. Sabia da devoção, tinha um profundo amor e carinho pelo título de Nossa Senhora Aparecida, porque sempre fui muito mariano. Mas quando cheguei por aqui comecei a tomar conhecimento dos fatos que tornaram aquele encontro tão especial. O próprio trabalho no Santuário Nacional me levou a pesquisar sobre a história para desenvolver outros projetos e foi nessa busca por detalhes históricos que nasceu a ideia de fazer uma minissérie de 10 capítulos para a TV Aparecida. Meus questionamentos giravam em torno de como seria a vida no Brasil colônia e quem eram aquelas pessoas que estavam citadas na narrativa do encontro. Quem eles eram antes daquele recorte no tempo. De onde vinham? O que faziam? Essas perguntas... Eu tinha visto que desde livros históricos a filme dos anos 80, sempre o recorte era a chegada do conde, tentam pescar peixes, encontravam a imagem e pronto, tudo se resolvia. A minissérie nunca aconteceu, mas já tinha desenvolvido a narrativa, muito trabalho de pesquisa havia sido feito. Não queria perder a história. Mas foi só em 2015 que comecei a pensar no livro e aos poucos fui amadurecendo a ideia, até que levei a proposta para a Editora Santuário, apresentei minha ideia para o livro, os conceitos e aí com sim deles comecei a escrever o livro.
* Uma curiosidade: A narrativa do encontro só foi escrita no livro do tombo da Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá 40 anos depois do ocorrido, e por isso o governador foi citado como Conde de Assumar, mas durante o processo de pesquisa, acabei descobrindo que Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos só veio a herdar o título de Conde de Assumar anos após sua passagem 1717 por Guaratinguetá. Só depois da morte de seu pai, titular da Casa, é que ele herdou o título de Conde de Assumar no ano de 1733.
Faça um resumo do livro
O livro possui 3 linhas narrativas que caminham paralelamente e que se encontram quando Dom Pedro de Almeida, o futuro Conde de Assumar, já está a caminho da vila de Santo Antônio de Guaratinguetá.
O romance remonta o Brasil quando ainda era colônia de Portugal, no início do século XVIII, numa terra onde o trabalho escravo impera e revoltas pelo ouro era motivo de batalhas pela busca de riqueza a todo custo, um casal se forma. Ricardo de Sá, um branco, e Iana, uma escrava, lutam contra tudo e contra todos para fugir da confusão que se envolvem por causa do roubo de um importante caderno de Sebastião de Sá, pai de Ricardo e português influente na coroa.
Ao mesmo tempo três pescadores, Filipe, Domingos e João tentam sobreviver à falta de peixes e as ordens que as autoridades da Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá impõem sobre suas vidas e seu trabalho.
Ao redor da vila e de seus personagens, forma-se um mosaico de um tempo conturbado, varrido por conspirações, intrincados jogos de poder com o surgimento de um novo governante enviado diretamente de Portugal para acalmar as revoltas e coibir os conflitos. A chegada de Dom Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos desencadeia acontecimentos que mudarão a vida de todos, iluminando as trevas em que a colônia e a vida de Ricardo e Iana se encontrava.
Que lição você retira desta experiência de escrever?
A lição que tiro desta experiência é que a paixão pela arte de contar histórias é uma vocação. Desde que me entendo por gente, fui um contador de histórias. Acho que ser filho único e muitas vezes ter de brincar sozinho, a vida fez com que eu treinasse ainda mais essa minha vocação. É nessa paixão por contar histórias, seja pra TV, internet ou mesmo agora em um romance, que eu me reconheço e me encanto por esse ofício. E agora com o livro, ficou ainda mais evidente o prazer que tenho em contar histórias para que outras pessoas possam sonhar um mundo melhor junto comigo.
Que significa a sua experiência de fé em sua vida?
Foi minha experiência de fé que tornaram muitas coisas possíveis da minha vida. Não teria escrito Luz na Escuridão se não acreditasse que Aparecida tivesse sido um sinal de Deus. É minha experiência de fé que me faz crer que tudo é possível, se estamos com Deus ao nosso lado, se acreditamos que através de Nossa Senhora, temos nossas preces intercedidas. E na minha caminhada, em tudo o que pedi, em tudo o que supliquei, fui atendido. Tenho mais a agradecer do que a pedir. Ter fé, é como precisar do ar para sobreviver. Não consigo me imaginar sem ela.
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Acreditem sempre nos seus sonhos, se eles forem bons, por mais impossível que eles pareçam, se insistirem, persistirem, conseguirão realizá-los.
Para alguns escritores, tudo que se escreve é ferramenta de mudança do mundo. Como seu livro pode ser “transformador” na vida do leitor ou do mundo?
A experiência de escrever o livro já foi algo transformador pra mim. Imagino que para o leitor, também será uma experiencia de imersão na devoção à Maria e transformador pelos temas que abordo. Eu por exemplo, sinto que amadureci não só como escritor, mas também como pessoa. Refletir sobre assuntos como a vida, a escravidão, a ambição e a própria fé, luz e escuridão, foi uma experiência enriquecedora e transformadora ao mesmo passo que ia traçando os destino de cada personagem. Passei por um processo não só de conhecer a história que tinha me proposto a contar, mas também de autoconhecimento. Acredito que quem mergulhar na história de Luz na Escuridão encontrará uma história que não só busca refletir sobre os temas que citei acima, mas também mostrar que Deus está a nos olhar e proteger, e a nos moldar a cada dia.
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