Finados: entenda como falar da morte com as crianças

É comum pais e educadores encontrarem dificuldades para falar sobre a morte com as crianças. Há um desconforto compreensível, mas que não deve levar a omitir o tema ou inventar histórias que possam confundi-las.

Mas como então falar sobre o assunto com os pequenos? Com a proximidade do Dia de Finados, no próximo domingo (2), as visitas aos cemitérios aumentam, em memória aos falecidos, e o portal A12 responde essa questão a partir da fala de psicólogos.

Para começar, o psicólogo Gabriel Carvalho Franco, professor universitário de psicologia, explica o porque é importante falar com sinceridade com as crianças sobre a morte:

A depender da faixa etária, a criança não compreende que a morte é irreversível e tende a misturar fantasia e realidade e a medida que vai crescendo ela vai, aos poucos, assimilando melhor.

Embora existam esses graus de compreensão no decorrer do desenvolvimento infantil, o psicólogo Gabriel Franco, destacou também que o contexto da morte deve ser inserido no conhecimento das crianças desde bem pequenas, mesmo que seja a morte de um animal de estimação ou uma plantinha.

Além disso, ele explicou que é importante responder às perguntas da criança com amor e sinceridade, permitir que elas expressem o que sentem e, se desejarem, participem dos rituais de despedida, sempre com preparo e respeito.

Na sequência, o psicólogo disse que a partir dos 3 ou 4 anos a criança já começa a compreender que a morte é algo irreversível e que em caso de perda de algum ente querido, duas coisas são muito importantes: respeitar o tempo e dar amor.