Febre Amarela: a vacina e o uso correto de repelente

Muito tem se ouvido falar sobre a Febre Amarela, mas em meio a tanta informação, sempre restam algumas dúvidas. Hoje, o infectologista Dr. Jean Gorinchteyn, médico no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein, esclarece as principais questões sobre os sintomas e ações de prevenção.

Em sua entrevista, Dr. Jean Gorinchteyn explica que a única maneira de transmissão da Febre Amarela é por meio da picada do mosquito. E ressalta também que a vacina é a mais importante forma de prevenção da doença. Para os grupos que não podem ser vacinados, o médico indica o repelente, mas alerta para o uso correto do produto.

Ouça a entrevista na íntegra:

Quem não pode tomar a vacina?

“Algumas pessoas que têm problema na sua imunidade, ao receberem a vacina podem evoluir quadros mais graves o que chamamos de febre amarela vacinal.

Então, pessoas que fazem o uso de corticoides numa dosagem alta, pacientes que estejam fazendo radio e quimioterapia, pacientes transplantados de órgãos, ou que tem doenças hematológicas, mulheres grávidas e que estejam amamentando crianças abaixo de 6 meses, e pessoas com AIDS com CD4 menor que 300, não podem tomar a vacina.

É importante discutir com seu médico e vejam juntos a real indicação e reais riscos para fazer uso da vacina que tem realmente, mesmo a dose fracionada, um poder de proteção extremamente eficaz”.

Como fazer o uso correto do repelente?

“Temos vários produtos no mercado. Os indicados são à base de icaridina. O que vai mudar de um para o outro é o tempo de reaplicação. Alguns são de oito, outros de dez ou doze horas. As concentrações também variam de produto, mas o que precisa ficar bem atentado é o uso em crianças. Algumas formulações podem ser usadas a partir dos seis meses de idade.

A aplicação deve ser feita em áreas expostas, nunca embaixo da roupa, e é necessário sempre passar o protetor solar e depois o repelente”.