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Superior Geral fala sobre a Guerra na Ucrânia

Pe. Michael Brehl, superior geral Redentorista, fala de sua preocupação diante da guerra entre Rússia e Ucrânia

Escrito por Rádio Aparecida

11 MAR 2022 - 08H24 (Atualizada em 11 MAR 2022 - 10H25)

CSSR News.

Numa recente entrevista concedida à Rádio Aparecida, o Superior Geral da Congregação Redentorista, Pe. Michel Brehl, falando em inglês, sua língua de origem, fala sobre a presença dos Redentoristas e sobre sua segurança na Ucrânia, país abalado pela guerra advinda da invasão da Rússia.

Confira a entrevista completa em inglês, ou com sua tradução para o português: 


Na sua fala, depois de saudar a todos que o acompanham, Pe. Michael Brehl, diretamente de Roma, começa a falar sobre a história da presença dos Missionários redentoristas na Ucrânia. 

Como todos sabem, no presente momento existe uma guerra acontecendo por causa da invasão da Ucrânia pela Rússia, país situado no leste europeu. Os redentoristas têm sido muito ativos na Ucrânia por mais de 100 anos. Nós temos 90 confrades trabalhando no país. A maioria dos quais são muito jovens. Junto com os 90 padres e irmãos, há cerca de 30 irmãs redentoristas ativas que estão levando a Boa Notícia de Jesus Cristo aos pobres, às crianças, àqueles que estão em áreas isoladas e que estão cuidando dos idosos. Há também um mosteiro redentorista, com 5 irmãs contemplativas”.

O Superior Geral conta que os Missionários Redentoristas da Ucrânia foram atingidos diretamente pela guerra: 

“Quando a guerra começou, duas de nossas comunidades na Ucrânia estavam localizadas na área de perigo. Uma delas, em Chernihiv, na parte nordeste do país, foi muito atingida com o bombardeio, sentindo todos os efeitos da guerra. Nós temos 5 confrades que estão lá, naquela cidade, cuidando de muitas pessoas que perderam suas casas ou membros de suas famílias; e outras que estão tentando sair da cidade para fugir porque não há mais como eles ficarem nesta cidade destruída. A segunda comunidade está em Berdyansk, localizada ao sul, próxima do Mar de Azov que é um porto estrategicamente importante, e o exército russo ocupou aquela cidade. Neste momento, eles foram para Mariupol e provavelmente de lá irão para Odessa. Nossos confrades no sul estão tentando confortar e fortalecer as famílias e as pessoas que continuam a viver lá, sob ocupação russa. Felizmente, os bombardeios pararam, porque os russos já tomaram o controle da cidade”.

Padre Michael Brehl diz que também acontece a resistência civil aos russos que ocuparam algumas cidades do sul do país: 

“A resistência entre os ucranianos não parou e eles estão lutando para reconquistar sua liberdade. A maioria dos redentoristas vive na região oeste da Ucrânia, perto de Liyv, que é a capital religiosa e cultural. Muitas pessoas estão fugindo do leste e do sul para vir para esta área, a fim de encontrar refúgio e segurança. Lá, elas esperam receber ajuda médica, como também comida, abrigo e roupas”.

Um problema sério que a guerra está provocando é a realidade dos migrantes, com as milhares de pessoas que já fugiram do país: 

Mais de um milhão de pessoas já fugiu do país; mais da metade dos imigrantes foram para a Polônia, que está bem perto. Outros, para Eslováquia e Moldávia. Lá na Polônia e Eslováquia, nossos confrades desses dois países estão assistindo muitos dos refugiados, recebendo-os na fronteira, ouvindo suas histórias, rezando com eles, oferecendo comida e abrigo. Nós abrimos nossas casas, e muitos dos nossos também têm recebido estranhos em suas casas. Estranhos que não tem nenhum lugar pra ir”.

No áudio enviado à Rádio Aparecida, o Superior Geral da Congregação, Pe. Michel Brehl, fazendo coro com o Papa Francisco insiste nas orações pela paz e na solidariedade para com o povo ucraniano que está sofrendo:

Eu peço ao povo brasileiro que continue a rezar pela paz neste país. Nós não sabemos quantas pessoas já morreram, mas sabemos que este número vai continuar a crescer, enquanto os bombardeios, os ataques aéreos e o exército russo continuar essa injusta e perigosa guerra. Estamos tentando o melhor que podemos fazer ajudar os que precisam. Todo o continente europeu está provendo ajuda humanitária. Esperamos que o pequeno suporte que possamos dar possa ajudar a fazer a diferença na vida das pessoas, em especial, as mulheres e crianças que estão fugindo do país e estão mais necessitadas. Obrigado por escutar. Por favor, mantenha todos em suas orações e vamos trabalhar pela paz onde quer que vivamos, para que Cristo possa realmente trazer seu reino para o nosso mundo”.

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