O pontificado é, sem dúvida alguma, a instituição mais representativa da Igreja Católica desde que Jesus Cristo conferiu a Pedro a missão de apascentar o seu rebanho.
Sendo o Trono de Pedro confiado a seres humanos, passíveis de erros e defeitos, tivemos na história da Igreja algumas situações de crises e dificuldades, de erros e pecados, mas, sem dúvida alguma, os exemplos de santidade e de dedicação total ao pastoreio do rebanho de Jesus Cristo supera em muito o número daqueles que possam ter passado à história pelos seus maus exemplos na condução da Igreja, sobretudo, em tempos passados.
Leia MaisO ponto de vista de um cardeal sobre o filme ‘Conclave’Por esta razão, desde que a chamada Sétima Arte passou a se desenvolver, o pontificado tornou-se um tema inspirador de muitas filmagens que levam da ficção à realidade ou vice-versa.
Um dos primeiros filmes a destacar o pontificado foi Quo Vadis, drama de 1951, que narra as primeiras dificuldades com as perseguições em Roma, o que leva o apóstolo Pedro a tentar sair da cidade às escondidas. Temos depois o filme Cardinal Richelieu, de 1935, baseado numa peça teatral de 1839, que conta a história do cardeal francês Richelieu e suas relações com Luís XIII, no século XVII, impactando o pontificado.
E não podemos nos esquecer do clássico As Sandálias do Pescador, de 1968, no qual o Arcebispo ucraniano Kiril Lakota é liberto depois de duas décadas como prisioneiro político na Sibéria. Ao chegar em Roma, uma série de eventos faz com que ele seja eleito o primeiro Papa de um país comunista na história do Vaticano.
De lá para cá muitos filmes foram produzidos, retratando com maior ou menor fidelidade e veracidade a realidade do pontificado.

Nos nossos tempos, temos diversas películas e séries de TV que, ao seu modo, retratam com maior ou menor fidelidade a realidade do Pontificado e da Igreja.
Amém é um filme de Costa-Gravas, de 2002, que conta a história de um católico que tenta chamar a atenção do Vaticano sobre as atrocidades nos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial. Ajudado por um jovem jesuíta que lhe dá ouvidos e o ajuda, organiza uma campanha para que o Papa quebre o silêncio e se manifeste contra as violências ocorridas em nome de uma suposta supremacia racial.
Lutero é um drama-documentário de 2003 que conta a história do alemão Martinho Lutero que se torna monge após sobreviver a uma tempestade, mas fica atordoado com certas práticas adotadas pela Igreja Católica, o que o leva ao movimento de contestação.
Os Bórgias é uma série de 2011, que conta a trajetória da nobre família ítalo-espanhola diante da eleição de Rodrigo Bórgia, como Papa Alexandre 6º, em 1492. Ele aos poucos se torna sinônimo de corrupção durante a Renascença. A história dos Bórgias inspirou obras como o tratado político de Maquiavel, “O Príncipe”, e “O Poderoso Chefão”, de Mario Puzo.
Habemus Papam: O filme que usa como título a expressão que designa a eleição de um novo pontífice é de 2012, retratando a eleição de um novo papa que sofre um ataque de pânico quando deveria ser anunciado no balcão da Praça de São Pedro. Um terapeuta é chamado para auxiliar.
The Tudors é outra série de sucesso exibida em quatro temporadas, entre 2007 e 2010, mostrando a vida do rei Henrique VIII, da Inglaterra. Ele foi rei por 40 anos e levou à separação da Igreja católica com a criação da igreja anglicana. Na história, um dos personagens é o Papa Paulo III.
Nos últimos anos, o Papa João Paulo II foi tema de diversas películas e séries. João Paulo II: Esse é um dos filmes que retrata a vida e o pontificado do Papa polonês. O filme é de 2005 e conta a vida do Santo Padre, interpretado pelo ator John Voight.
Outro filme sobre João Paulo é Have no Fear, produzido em 2005. Karol é mais um filme, este de 2005, que conta a história da vida do Papa Karol Wojtyla. Papa João Paulo II, filme de 1984, traça a vida e a carreira do cardeal polonês Karol Wojtyla até o dia em que se tornou papa, em 1978. Há também a série Karol: O Papa, o Homem, minissérie histórico-biográfica de 2006 que conta a vida do Papa João Paulo II.
Gone with The Pope é um filme de aventura produzido em 1976, mas lançado, em 2010, contando o plano de raptar o papa e cobrar um dólar de cada católico do mundo como resgate.
O Banheiro do Papa é um filme de 2007, narrando a repercussão da visita do papa João Paulo II, no ano 1988, à cidade de Melo, no Uruguai, próxima à fronteira com o Brasil.
O Conclave, filme de 2006, retrata o conclave de 1458, onde o cardeal Rodrigo Borgia participou de sua primeira eleição pontifícia. Mais tarde, em 1492, ele se tornaria o Papa Alexandre VI.
Papa Giovanni, filme biográfico de 2002, conta a história do Papa João XXIII.
Saving Grace, é um filme de 1986, contando a história de um jovem papa que acidentalmente se tranca fora do Vaticano e acredita que isso é um plano de Deus para ele.
Leia MaisO filme Conclave: o que podemos aprender assistindo?Para fechar nossa narrativa, mesmo deixando de fora outros filmes, temos o mais recente Conclave, que, apesar de ter concorrido a 8 Oscars em 2025, recebeu muitas críticas por mostrar cardeais caricaturados que participam de um possível conclave, deixando-se envolver numa atmosfera de politicagens, com o Colégio dos Cardeais dividido e sem profundidade espiritual.
Muitos cineastas, diretores e produtores são experts em sua arte, mas, na maioria das vezes, desconhecedores da realidade e da história da Igreja, tendo, por diversas razões, uma visão distorcida da realidade eclesial e pontifícia. Por isso, mais do que nunca, é importante o exercício da lucidez e do senso crítico, especialmente com a profusão de fake news e inverdades que circulam nas redes sociais.
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