No Dia dos Namorados, é comum vermos expressões de afeto e carinho entre namorados, noivos e esposos. No calendário do Brasil, 12 de junho é uma data celebrada desde 1948, enquanto em outras partes do mundo, como nos Estados Unidos e na Europa, celebra-se em 14 de fevereiro.
Pela data ser próxima ao dia de Santo Antônio, conhecido popularmente por “santo casamenteiro”, pode-se pensar ser esse o motivo, mas em nosso país a razão é comercial. Isso mesmo, a data foi estabelecida por um publicitário para melhorar resultados em vendas no mês de junho.
Embora seja uma data definida com esses objetivos, acaba por marcar a manifestação do amor dos casais e, naturalmente, refletimos também sobre o sacramento do matrimônio, aqueles que são eternos namorados.
Por isso, convidamos você a aprofundar no significado do amor a partir da Palavra de Deus, expressa no Cântico dos Cânticos, explicada a seguir pelo reitor do Santuário Nacional, padre Eduardo Catalfo, C.Ss.R.
O cântico por excelência
O reitor explicou que, na língua hebraica, significa “o cântico por excelência, entre todos os cânticos: o cântico mais bonito”. Trata-se de um poema sobre o amor conjugal, entre um homem e uma mulher, escrito cerca de quatro séculos antes de Cristo.
“A beleza de um amor que amadurece, que gera vida e que expressa a beleza da vida conjugal.”
Padre Eduardo Catalfo, C.Ss.R.
A beleza e o amor conjugal na Bíblia
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Esse é o tema central do Cântico dos Cânticos, mas o padre explicou que ele está presente também em outros textos bíblicos e é comparado com o nosso relacionamento com Deus.
“Você deve se lembrar das passagens dos profetas, que comparam o povo eleito a uma jovem noiva, a esposa de Deus, que é o noivo.”
Padre Eduardo Catalfo, C.Ss.R.
O amor conjugal leva a Deus
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O livro mostra a beleza do amor conjugal como meio de alcançar a graça divina. Entre todas as formas de amor, como o materno, o filial e o de amizade, o amor que os casais vivem “está na origem e na harmonia de todas as outras formas de amar.”.
A sexualidade manifesta a dimensão divina da existência
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Segundo o Padre, esse livro sempre foi aceito pela Igreja como um livro inspirado, o autor quer deixar claro que o verdadeiro amor conjugal sempre leva ao amor de Deus, ou seja, ao amor que transforma vidas.
“Uma leitura desatenta pode deixar o leitor com a sensação de que o livro não alcança o amor de Deus. Mas isso se resolve com uma leitura adequada.”
Padre Eduardo Catalfo, C.Ss.R.
A sexualidade na vida do casal, portanto, é um dom e não um problema e incômodo. Ela deve ser vivida com equilíbrio e essa é justamente a beleza do Cântico dos Cânticos: “mostrar que, através da vivência da unidade, nós chegamos ao amor e ao conhecimento do verdadeiro Deus”.
“Deus é amor”
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Como afirmou São João, “Deus é amor”. Dentre todas as formas de o descrevê-lo, o apóstolo diz que Ele é a fonte e origem do amor.
“Se folhearmos a Bíblia do início ao fim, veremos a história de amor de muitos casais que viveram essa alegria e essa esperança. Casais como Abraão e Sara, Isaque e Rebeca, Jacó e suas esposas, e tantas outras pessoas que fizeram do amor conjugal e da vida familiar a expressão do amor de Deus — a revelação do amor de Deus.”
Padre Eduardo Catalfo, C.Ss.R.
Assista o vídeo do padre Eduardo Catalfo, C.Ss.R., na íntegra:
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