Espiritualidade

Conheça verdadeiramente o outro antes do matrimônio

“Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (Gn 2, 24)

Escrito por Isabela Araujo

23 JAN 2023 - 15H17 (Atualizada em 08 FEV 2023 - 15H17)

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Leia MaisPosso dar “um tempo” no meu casamento?O que o casamento representa para a Igreja Católica?O matrimônio não se baseia apenas na vontade de se casar, mas em diferentes critérios e ações que devem ser devidamente pensadas e estruturadas entre o casal.

Por isso, não há espaço para incertezas. É preciso ter consciência do que se necessita na vida a dois para que não existam problemas sem solução no futuro.

O período do namoro é o momento ideal em que todas as questões precisam ser conversadas e alinhadas, para ter a certeza de que o casamento pode ser realizado.

Seus valores coincidem com o do seu parceiro ou parceira? Os princípios estão alinhados? As expectativas para o futuro caminham juntas? Esses e outros pontos cruciais para o relacionamento devem ser conversados, colocados na balança, para pautar a decisão de ambos.

Unsplash/ Junior Reis
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Todas as relações humanas são autênticas, quando colocam sua fonte em Deus


O casamento

O matrimônio faz parte dos sete sacramentos da Igreja Católica, sendo eles: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e o Matrimônio. Juntos, eles formam as principais etapas da vida do cristão.

Exatamente por isso, o casamento deve ser pensado com muita cautela, seriedade e certeza, pois o que Deus uniu o homem não separa (cf. Mateus 19,6).

O matrimônio também é uma vocação e, a partir dele, a aliança entre os esposos está atrelada a aliança com Deus. Com isso, tudo não deve apenas ser conversado entre os dois, como também apresentado a Deus, o envolvendo em todas as discussões.

“A vocação para o matrimónio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, tais como saíram das mãos do Criador.(...)” - Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1603.

Shutterstock/chayanuphol
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Para o matrimônio ser firmado existem pontos inegociáveis, como a procriação (com exceção dos casais que não podem gerar filhos, tendo a adoção como opção, por exemplo), a fidelidade, a unidade – os dois se tornam apenas um, a indissolubilidade – inseparável, o comprometimento com a Igreja doméstica e a união eterna.

A Igreja pede que a liturgia matrimonial seja celebrada de modo consciente e frutuoso. Não basta apresentar os requisitos formais e celebrar o rito. O matrimônio cristão tem um sentido mais profundo e vai além das questões canônicas. Não é um mero contrato: isso se faz no cartório civil. Não se resume no evento pontual, festivo e bonito: isso as agências de cerimoniais resolvem muito bem. O casal precisa saber da importância do matrimônio para assumi-lo primeiramente como abertura à graça de Cristo que os chama a esse estado de vida- diz o Pe. Anísio Tavares, Missionário Redentorista, em matéria de Laís Silva, “O que o casamento representa para a Igreja Católica?”.

O “sim” dos esposos deve ser uma decisão, pois a vida de ambos se tornará apenas uma e, depois de firmado este compromisso com Deus, a missão tem seu início e não deve ser colocado o fim no que Ele uniu, com exceção aos casos de nulidade (entenda aqui).

Por isso, não encare o casamento como uma celebração ou um contrato civil apenas, mas uma mudança de vida perante Deus, com novas e importantes responsabilidades, não apenas na terra, como também nos céus.

Tenha certeza de seu “sim”, pois ele perpetuará por toda a vida diante do Pai.

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