“Então chamou a multidão com seus discípulos e disse:
‘Se alguém Me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e Me siga.
Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la;
mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la’.”
(Mc 8,34-35, do Evangelho do 24º Domingo do Tempo Comum).
Considerada uma das penas mais cruéis da antiguidade, a crucifixão era verdadeiramente um escárnio, cheio de ironia e desrespeito. Com ela, além do suplício físico, os juízes e seus carrascos infligiam um castigo moral, uma punição de desprezo e chacota ao pregar o infrator no madeiro em local público, muitas vezes nu, elevado sobre o chão para a zombaria dos passantes.
A mensagem era eloquente: aquele que outrora se ufanava em estar livre para suas delinquências na sombra, no escondido, agora está preso, mãos e pés, ao madeiro, imóvel e exposto como uma coisa, como um objeto de malhação e deboche. E foi essa a punição que os injustos juízes de então consideraram ser adequada a Jesus.
Jesus, porém, havia dito: “Quando Eu for elevado da terra, atrairei todos a Mim”. Nosso Senhor Jesus, Deus de amor, ultrapassa como cordeiro silencioso esta “elevação-suplício” e a transforma em elevação de atração e conquista.

A cruz, antes de Cristo, sinal das mais terríveis torturas, é agora para o cristão a árvore da vida, o trono da misericórdia, o altar da Novo Aliança de Cristo, entregue à morte, de onde veio o maravilhoso sacramento de toda a Igreja. A cruz é o sinal definitivo de que o amor silencioso, como o de um cordeirinho inocente, trucidado pela injustiça de lobos ferozes, vence a loucura do pecado. Por isso, em algumas Igrejas no Oriente, a festa da Exaltação da Cruz se compara à da Páscoa em grandeza e beleza.
Na festa da Exaltação da Santa Cruz, celebramos o amor de Cristo que, da exaltação injusta e cruel, fez de seu Corpo Santo a transformação do suplício em atração dos corações. Só mesmo o seu amor transforma a cruz, de deboche e dor, em glória da Igreja e orgulho santo nos nossos corações.
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Nenhuma de nossas cruzes teria sentido sem a elevação de Cristo na Sua Cruz. Esta elevação, realizada em toda celebração Eucarística, renovada nos corações, feita vida na Igreja, é o único motivo que justifica carregarmos as nossas cruzes com um sentimento que vai muito além da aceitação resignada, mas com amor verdadeiro e agradecimento renovado.
Com a festa da Exaltação da Santa Cruz, que revela a Exaltação do Amor de Jesus, nossas cruzes recebem seu significado último: são o nosso caminho de ressurreição da morte e do pecado, são a nossa alegria, são a nossa comunhão com a exaltação do amor salvífico e vencedor de nosso Senhor Jesus.
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