“Sede sóbrios, ficai vigilantes. Vosso adversário, o diabo, fica rodeando como um leão a rugir, procurando a quem devorar” (1 Pd 5,8)
Já estamos na terceira semana da Quaresma, e assim como Jesus foi tentado no deserto, este também é um tempo de deserto, onde fazemos exercícios espirituais em busca da conversão diária, através da penitência e reconciliação. Um período para acolher a nova vida que vem da Páscoa. Um momento propício para seguir de forma constante nos caminhos de fé, mesmo atravessando esse deserto repleto de vazios e incertezas, recusando e se afastando das tentações e os enganos do maligno.
O demônio é um ser pessoal, real e concreto, de natureza espiritual e invisível, que, pelo seu pecado, se afastou de Deus para sempre. Seu único fim no mundo, ao qual não renunciou, é a nossa perdição. E tentará diariamente esse fim, por todos os meios ao seu alcance. É o primeiro causador do mal e dos desconcertos e rupturas que se produzem nas famílias e na sociedade.
Confira a seguir, citações de seis Papas sobre o inimigo e das armas espirituais a nosso favor para que Deus nos proteja de todo mal.
Bento XVI: Jesus foi tentado, mas permaneceu como Filho de Deus
“Depois de ter recebido o batismo de João, Jesus entrou naquela solidão conduzido pelo próprio Espírito Santo, que tinha descido sobre Ele, consagrando-O e revelando-O como Filho de Deus. No deserto, lugar da provação, como mostra a experiência do povo de Israel, sobressai com profunda dramaticidade a realidade da kenosi, do esvaziamento de Cristo, que se despojou da forma de Deus (Fl 2, 6-7). Ele, que não pecou e não pode pecar, submete-se à prova e por isso pode compadecer-se da nossa enfermidade (Hb 4, 15). Deixa-se tentar por Satanás, o adversário, que desde o princípio se opôs ao desígnio da salvação de Deus em benefício dos homens.”
Pio XII: o maligno invadiu a Terra
“O demônio invadiu a Terra com o ódio: façam reviver, com força, o amor. Muitos ainda são maus porque não foram até agora suficiente amados. Vivifiquem tudo o que cai sob a influência dos vossos raios. Sejam, isto é, como Maria e com Maria, instrumentos de vida nas almas, que hoje morrem de frio e de fome, mas poderiam voltar à casa do Pai, se fossem tocadas pelas vossas palavras, arrastadas pelo vosso exemplo.”
Paulo VI: o diabo é um traiçoeiro encantador
“Sabemos assim que esse ser sombrio e perturbador realmente existe e que com astúcia traiçoeira ainda age; é o inimigo oculto que semeia erros e infortúnios na história humana. (...) Seria este um capítulo muito importante da doutrina católica a ser reestudado - sobre o demônio e sobre a influência que ele pode exercer sobre pessoas individualmente, bem como sobre comunidades, sobre inteiras sociedades, ou sobre acontecimentos -, enquanto hoje pouco é.”
João Paulo II: o mal não pode impedir o reino de Deus
“Se Satanás opera no mundo com o seu ódio contra Deus e o seu reino, isso é permitido pela Providência divina que dirige a história do homem e do mundo com poder e bondade. Se a ação de Satanás certamente provoca muitos danos - de natureza espiritual e indiretamente de natureza também física - aos indivíduos e à sociedade, ele não é, no entanto, capaz de anular a definitiva finalidade para o qual tendem o homem e toda a criação, o Bem. A Igreja participa na vitória de Cristo sobre o diabo: Cristo, de fato, deu aos seus discípulos o poder de expulsar os demónios. A Igreja exerce esse poder vitorioso através da fé em Cristo e da oração, que em casos específicos pode assumir a forma de exorcismo.”
João XXIII: combater o inimigo com a fé
“Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a Palavra de Deus. Toda uma figuração de armas espirituais, por meio das quais, amados Nossos Irmãos e filhos, vocês identificam indicações do que pode ser, do que deve ser a atitude do bom cristão em cada tempo e circunstância, e perante qualquer acontecimento. Guerra espiritual aquela que vem do Maligno e de indisciplinadas inclinações naturais; mas sempre a guerra: e sempre chama nefasta que tudo pode penetrar e dominar.”
Francisco: fechamos a porta quando a tentação vier
“Com o diabo, caros irmãos e irmãs, nunca se dialoga. Nunca! Não se deve discutir, nunca. Jesus nunca dialogou com o diabo, ele o expulsou. Quando foi tentado no deserto, ele não respondeu com o diálogo; simplesmente respondeu com as palavras da Sagrada Escritura, com a Palavra de Deus. Estejam atentos, o diabo é um sedutor. Nunca dialogar com ele, porque ele é mais esperto do que nós e nos fará pagar. Quando a tentação vier, nunca dialogue! Feche a porta, feche a janela, feche o coração. Assim, nós nos defendemos dessa sedução, porque o diabo é astuto, ele é inteligente.”
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Fonte: Vatican News
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