Leia MaisEscola de Maria: Maria e Maria MadalenaHá um tempo, numa peregrinação a Roma, tive a oportunidade de visitar várias igrejas e santuários.
Algo impressionante foi constatar repetidamente as lembranças de grandes santos. Numa das igrejas que visitamos me impressionou uma das relíquias lá conservadas.
O relicário tinha a forma de um pé, e a inscrição que o descrevia dizia "Il primo piede a essere entrato nel sepolcro di Cristo risorto" (o primeiro pé a entrar no túmulo do Cristo ressuscitado). Talvez isso seja um primeiro aprendizado com Maria Madalena: que nossas pegadas possam remeter os demais ao mistério do Cristo Ressuscitado.

Neste dia de Santa Maria Madalena (22 de julho), vale a pena chamar a atenção sobre uma recente mudança na sua celebração litúrgica. Do lado mais técnico, digamos, passou de memória ao grau de festa em junho de 2016 (no contexto do ano jubilar da Misericórdia).
O Decreto* indica como "a Igreja, tanto no Ocidente como no Oriente, teve sempre em grande consideração e louvor Santa Maria Madalena, celebrando-a de diversos modos, pois ela foi a primeira testemunha evangelizadora da ressurreição do Senhor".
O texto continua lembrando que "São Gregório Magno chamou de 'testemunha da misericórdia' e São Tomás de Aquino de 'apóstola dos apóstolos'". Assim, ela é uma chamada a "refletir aprofundadamente sobre a dignidade da mulher, sobre a nova evangelização e a grandeza do mistério da misericórdia divina".
Se tivermos que acrescentar uma última lição desta santa, eu frisaria o ardor do seu amor a Jesus. Ardor que leva a insistir, a perseverar. Pego emprestadas as palavras de São Gregório Magno numa das suas homilias. Comentando o evangelho, refere como os discípulos, depois de ir até o sepulcro conduzidos por Maria Madalena, "voltaram então para casa (...). Entretanto, Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando" (Jo 20,10-11).
Continua explicando: "Este fato leva-nos a considerar quão forte era o amor que inflamava o espírito dessa mulher, que não se afastava do túmulo do Senhor, mesmo depois dos Discípulos terem ido embora. Procurava a Quem não encontrara, chorava enquanto buscava e, abrasada no fogo do seu amor, sentia a ardente saudade Daquele que julgava ter sido roubado.
Por isso, só ela O viu então, porque só ela O ficou procurando. Na verdade, a eficácia das boas obras está na perseverança, como afirma também a voz da Verdade: ‘Quem perseverar até o fim, esse será salvo’".
Assim, temos várias lições para aprender com ela. Que ela nos ajude a crescer na nossa fé e amor ao Cristo Ressuscitado, para aceitar junto Dele os desafios do tempo presente.
* O decreto pode ser encontrado aqui
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