Na tradição cristã, o deserto é frequentemente visto como um lugar de teste, purificação, renovação espiritual e encontro com Deus. Nas Sagradas Escrituras, vemos como vários personagens passaram por experiências significativas no deserto. Leia MaisMaria no tempo da Quaresma: ore junto com MariaAs devoções populares na QuaresmaPor que as imagens ficam cobertas durante a Quaresma nas igrejas?
Por exemplo, Moisés encontrou Deus na sarça ardente no deserto do Sinai, e Elias encontrou Deus na voz suave após fugir para o deserto para escapar da perseguição.
O deserto, por ser um lugar de solidão e silêncio, pode oferecer um ambiente propício para ouvir a voz de Deus e experimentar sua presença de forma mais íntima.
O próprio Jesus, antes de iniciar sua vida pública, esteve 40 dias no deserto passando pela provação e tentação para mostrar-nos como vencer o mal e as dificuldades com a palavra e graça de Deus.
Deus nos guia para a liberdade através do deserto
Na mensagem do Papa para a Quaresma deste ano, a experiência espiritual do deserto é ressaltada como uma ocasião para sermos conduzidos a um caminho de renovação e liberdade, onde Deus nos faz recordar o primeiro amor. Fazendo uma analogia com o povo de Israel, o Papa nos fala como Deus quer nos libertar da escravidão do pecado, assim como libertou o povo da escravidão do Egito.
“O povo sabe bem de que êxodo Deus está falando: traz ainda gravada na sua carne a experiência da escravidão. Como Israel no deserto tinha ainda dentro de si o Egito, também hoje o povo de Deus traz dentro de si vínculos opressivos que deve optar por abandonar.
Damo-nos conta disto quando nos falta a esperança e vagueamos na vida como em terra desolada, sem uma terra prometida para a qual tendermos juntos”, afirma o Papa.
Em seguida, Francisco recorda que “a Quaresma é o tempo de graça em que o deserto volta a ser – como anuncia o profeta Oseias – o lugar do primeiro amor. Deus educa o seu povo, para que saia das suas escravidões e experimente a passagem da morte para a vida. Como um esposo, atrai-nos novamente a Si e sussurra ao nosso coração palavras de amor”.
Quaresma é tempo de conversão, tempo de liberdade
O Santo Padre nos diz ainda: “Deus não se cansou de nós. A Quaresma é tempo de conversão, tempo de liberdade. O próprio Jesus foi impelido pelo Espírito para o deserto a fim de ser posto à prova na sua liberdade.
O deserto é o espaço onde a nossa liberdade pode amadurecer numa decisão pessoal de não voltar a cair na escravidão. Na Quaresma, encontramos novos critérios de juízo e uma comunidade com a qual avançar por um caminho nunca percorrido”. Francisco ressalta que “isto comporta uma luta: assim nos dizem claramente o livro do Êxodo e as tentações de Jesus no deserto”.
Portanto, diante das dificuldades e lutas de cada dia, diante dos nossos próprios desertos pessoais, podemos ser amadurecidos e fortalecidos no amor, se nos deixarmos conduzir pela graça e força do Espírito Santo.
Que durante estes dias de Quaresma e Semana Santa possamos deixar que Jesus transforme os nossos desertos em bosques floridos com a sua presença amorosa e redentora.
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