Por João Antônio Johas Leão Em Espiritualidade Atualizada em 11 AGO 2020 - 09H28

Santa Clara e o seu Amor

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“Feliz certamente aquela a quem se lhe concede gozar desta sagrada união, para aderir com o profundo do coração [a Cristo], àquela cuja beleza admiram incessantemente todas as beatas multidões dos céus, cujo afeto apaixona, cuja contemplação restaura, cuja benignidade sacia, cuja suavidade preenche, cuja recordação resplandece suavemente, a cujo perfume os mortos voltarão à vida e cuja visão gloriosa fará bem-aventurados todos os cidadãos da Jerusalém celeste”.

Leia MaisSanta Clara de Assis: profundamente apaixonada por Deus Assim escrevia Santa Clara de Assis em uma de suas cartas a Santa Inês de Praga. O Papa Bento XVI disse que nessas linhas poderíamos encontrar a síntese de sua espiritualidade que, como podemos notar, está impregnada de um amor profundo a Jesus, por um desejo de estar totalmente entregue a Ele que a atraiu em primeiro lugar. Esse amor continua sendo vivido por suas filhas Clarissas até hoje, nos diversos mosteiros espalhados pelo mundo.

Para quem vê a Igreja de fora, ou até mesmo para muitos de nós que temos pouco contato com a vida religiosa, essa vocação pode ser algo muito distante, talvez algo do passado. Mas elas nos mostram que não só continuam presentes, mas que sua presença é muito importante para a vida da Igreja. O amor que Jesus nos convida a viver hoje é o mesmo daquela época, porque como diz São Mateus em seu Evangelho: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão”.

Santa Clara de Assis viveu no final do século XII e início do século XIII. Mas Jesus, Deus feito homem, é o mesmo que esteve com os Apóstolos e é o mesmo que está presente hoje no meio de nós, em pleno século XXI. Foi esse mesmo e único Amor que arrebatou seu coração e que hoje quer arrebatar os nossos corações que muitas vezes estão fechados ou se tornaram de pedra. Peçamos a Santa Clara o dom de poder amar a Jesus com um coração como o dela, com todo esse fervor que demonstra em suas cartas, porque assim como naquela época, também hoje, esse Amor é a única realidade que pode realmente satisfazer nossos anseios mais profundos de felicidade, de paz, de reconciliação.

Escrito por:
João Antonio Johas Leão (Arquivo pessoal)
João Antônio Johas Leão

Licenciado em filosofia, mestre em direito e pedagogo em formação. Pós-graduado em antropologia cristã e entusiasta de pensar em que significa ser cristão hoje.

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