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Espiritualidade

Teologia do Trabalho: dignidade, vocação e sustento

Uma reflexão sobre o valor espiritual do trabalho à luz da Bíblia e da Doutrina Social da Igreja

Fr. Rafael Peres Nunes de Lima C.Ss.R.

Escrito por Fr. Rafael Peres Nunes de Lima, C.Ss.R.

01 MAI 2025 - 07H00 (Atualizada em 01 MAI 2025 - 08H17)

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“Trabalho quer dizer dignidade, trabalho significa trazer o pão para casa, trabalho quer dizer amar!” (Papa Francisco)

O Santo Padre Francisco nos ajudou a compreender a importância do trabalho na vida do ser humano, pois o mesmo traz a dignidade a vida; traz o sentido para a vida. A busca por uma espiritualidade do trabalho deve estar sempre pautada em duas grandes colunas: a Sagrada Escritura e a Doutrina da Igreja.

Pela Sagrada Escritura, temos diversos versículos ao longo dos dois Testamentos, que nos mostram que o trabalho “dignifica a vida do ser humano”. O próprio Criador, para realizar todo o processo da criação “trabalhou” e ao sétimo dia descansou. (cf. Gn 2,2) O homem, criado por Deus, é chamado a cuidar da criação e cultivá-la. (cf. Gn 2,15) Do mesmo modo que o próprio Deus continua a trabalhar em sua criação, como afirma Jesus. (cf. Jo 5,17)

Leia MaisDoutrina Social da Igreja: bússola que orienta a vida em comunidadeA Doutrina Social da Igreja afirma:

“O trabalho humano tem uma dúplice dimensão: objetiva e subjetiva. Em sentido objetivo é o conjunto de atividades, recursos, instrumentos e técnicas de que o homem se serve para produzir, para dominar a terra, segundo as palavras do Livro do Gênesis.


O trabalho em sentido subjetivo é o agir do homem enquanto ser dinâmico, capaz de levar a cabo várias ações que pertencem ao processo do trabalho e que correspondem à sua vocação pessoal: «O homem deve submeter a terra, deve dominá-la, porque, como “imagem de Deus”, é uma pessoa; isto é, um ser dotado de subjetividade, capaz de agir de maneira programada e racional, capaz de decidir de si mesmo e tendente a realizar-se a si mesmo. É como pessoa, pois, que o homem é sujeito do trabalho».”
(DSI 270)

O ser humano deve ter em mente duas coisas: a primeira é que o trabalho é um direito fundamental. Sendo assim, todos têm o direito de trabalhar e ter o seu trabalho garantido.

A segunda é de que o trabalho é feito para o homem e não o homem para o trabalho. Não se pode inverter essa lógica, como estamos vendo hoje em dia. A busca pela espiritualidade do trabalho deve garantir que ele seja saudável, que garanta a subsistência da pessoa e da família e, ao mesmo tempo, seja edificante para o ser humano.

Escrito por:
Fr. Rafael Peres Nunes de Lima C.Ss.R.
Fr. Rafael Peres Nunes de Lima, C.Ss.R.

Missionário Redentorista, Bacharel em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e graduado em Teologia no Instituto São Paulo de Estudos Superiores – ITESP.

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Por Redação A12, em Espiritualidade

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