Olhando a longa lista dos 267 papas que já governaram a Igreja Católica, e vendo sua procedência e nacionalidade, é possível ver que alguns países deram à Igreja um grande número de pontífices. A Itália, como era de se esperar, vem em primeiro lugar com 217 pontífices, quase 80% do total, seguido pela França, com 16, e Alemanha, com 6 pontífices.
E a nossa querida “terrinha portuguesa”, apesar de tão pequena, deu à Igreja um papa na figura de João XXI, havendo ainda dúvidas sobre outro. Fazemos aqui uma clarificação. Alguns historiadores afirmam que Dâmaso I, papa do século IV, tenha sido português, o que não é aceito por todos. Isso porque ele nasceu em Roma, embora sua família tivesse raízes na região da Hispânia, que hoje tem partes em Portugal e na Espanha.
Ele foi um papa influente, especialmente na organização da Igreja no século IV, mas existem dúvidas sobre sua procedência, e algumas fontes confundem sua origem porque, naquele tempo, Portugal ainda não existia como pais.
No dia 20 de setembro de 1276, Pedro Julião Rebolo, também conhecido como Pedro Hispano, foi coroado Papa com o nome de João XXI, se tornando o único Papa português na história da Igreja. Sua coroação ocorreu pouco mais de uma semana depois da eleição de 8 de setembro, na cidade de Viterbo que esteve envolvida em alguma agitação devido à morte prematura do holandês Adriano V, seu antecessor, pouco mais de um mês depois de ter sido eleito.
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O pontificado de João XXI também foi curto e o português teve uma morte inesperada e trágica. Em 14 de maio de 1277, o teto do edifício do Palácio de Viterbo — que na época era a residência papal — ruiu sobre ele. Mesmo socorrido, o Papa morreu alguns dias depois por causa da gravidade dos ferimentos, sendo sepultado na catedral de Viterbo. Sua morte, no entanto, até hoje é pouco esclarecida, chegando a ser suspeita.
Pedro Julião Rebolo nasceu em Lisboa entre 1210 e 1220. Estudou na escola episcopal de Lisboa e, mais tarde, na Universidade de Paris, onde teve contado com alguns dos maiores intelectuais da época como São Tomás de Aquino.
Era um homem de grande entendimento e cultura científica, sendo médico, matemático, filósofo e teólogo, além de professor em Siena, sendo considerado um dos maiores intelectuais do seu tempo, tendo produzido tratados de medicina, lógica e filosofia.
Seu prestígio permitiu que ele subisse rapidamente na hierarquia católica em Portugal, onde desempenhou diversos cargos em Lisboa e no Porto até ser nomeado arcebispo de Braga em 1273. Isso lhe permitiu participar no XIV Concílio Ecumênico de Lyon (1274), graças à sua proximidade com o papa Gregório X. Depois do concílio foi elevado a cardeal. Na época, era bastante comum que filósofos e cientistas gravitassem em torno da Cúria Romana e, por isso, chamado a Roma foi nomeado como médico do Papa Gregório X, em 1275.
Apesar do curto pontificado, João XXI dedicou atenção aos principais problemas que preocupavam a Igreja e a Europa do seu tempo, como a reconciliação com a Igreja Ortodoxa Oriental, as relações com o império mongol e a preparação de uma nova cruzada com a finalidade de libertar a Terra Santa. Suas primeiras decisões como papa incidiram sobre a normatização das regras do conclave que tinha sido criado em 1276, para a escolha de Inocêncio V, o sucessor de Gregório X.
Procurou igualmente reforçar o poder e o prestígio da Santa Sé, agindo como mediador em vários conflitos que aconteciam na Sicília, no Reino de Castela (atual Espanha), na França, Inglaterra e no Sacro Império Romano-Germânico.
Túmulo de João XXI em Viterbo
Apesar disso, ele sempre se dedicou mais aos estudos e à medicina do que às rotinas do cargo, tendo delegado parte das funções pontifícias ao cardeal Orsini, que lhe sucederia como papa com o nome de Nicolau III.
Sentindo-se doente e enfraquecido retira-se a Viterbo, onde aconteceria o trágico acidente provocador de sua morte. O poeta Dante Alighieri, na sua Divina Comédia, coloca João XXI no Paraíso, ao lado das almas das grandes figuras da cristandade medieval.
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