Dentre os 265 Papas da história da Igreja Católica, apenas quatro haviam renunciado antes de Bento XVI. Foram mais ou menos 600 anos de pontificados interrompidos somente com a morte do titular.
Atentados ou doenças nunca mais haviam afastado nenhum deles. Depois de Bento XVI a Igreja vive dias de retomada do espírito do Concílio Vaticano II, primeiro com o Papa Francisco e agora com o Papa Leão XIV.
Quem pode ser papa: É necessário recordar que qualquer homem que tenha sido batizado pode ocupar o posto de pontífice. Essa é a principal condição. Se o eleito, porém, for um leigo ou seminarista, deverá ser rapidamente ordenado como sacerdote, depois consagrado como bispo para entrar na linha hierárquica, porque o Papa antes de tudo é o Bispo de Roma.
Há muito tempo, porém, que a tradição é mantida de se escolher como Papa apenas alguém do Colégio dos Cardeais, sobretudo, entre os que, tendo abaixo de 80 anos, puderam participar do conclave.
Na verdade, todo mundo fala na eleição do Papa, mas o que os cardeais fazem é a escolha do Bispo de Roma, o primeiro entre os Bispos do mundo inteiro.
Neste texto, recordamos rapidamente aqueles que, sustentados pela graça de Deus, ocuparam o Trono de Pedro ao longo dos séculos XX e XXI.
Entre tantas coisas boas que fez, o Papa Leão XIII começou, no fim do século XIX, uma intervenção mais clara e definida na questão social com a encíclica Rerum Novarum (Das coisas novas). Pela primeira vez, um documento do magistério católico dedicava-se integralmente à chamada “Questão Social”.
O Papa Leão XIII, em 1881, revelou outra face dinâmica do seu pontificado com a abertura dos Arquivos do Vaticano à produção acadêmica.
Num contexto em que a Igreja Católica estava ficando em segundo plano, cada vez mais à margem dos acontecimentos da história moderna, Leão XIII deixou uma herança de abertura e inserção da Igreja na sociedade a Pio X, seu sucessor.
No fim de seu longo pontificado (1878–1903), Leão XIII havia conseguido recuperar o prestígio do “representante de Pedro”, que havia se perdido em tempos difíceis.
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Eleito em 3 de agosto de 1903, sucedendo a Leão XIII, seu pontificado ficou marcado pelas diversas reformas que empreendeu na Igreja, preparando o terreno para o Concílio Vaticano II.
Governou até 20 de agosto de 1914, quando começava a 1º Guerra Mundial, tendo sido sucedido pelo Papa Pio XI.
Foi canonizado em 1954, pelo papa Pio XII e foi o primeiro a ser elevado aos altares depois de Pio V em 1672.
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Seu pontificado durou até 22 de janeiro de 1922, governando a barca da Igreja por 7 anos e 141 dias, sendo que uma boa parte de seu pontificado coincidiu com a 1ª Guerra Mundial.
Entre suas muitas ações se destaca o trabalho que empreendeu na reforma da Cúria Romana.
Sua primeira grande obra foi a criação da Ação Católica, pois queria a juventude católica com outro espírito.
Pio XI conseguiu criar o Estado do Vaticano, assinando o tratado de Latrão. Em 1931 criou a Rádio Vaticano e em 1937 publicou uma encíclica condenando o racismo e o nazismo.
Foi sucedido por Pio XII, que enfrentaria os difíceis anos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), cujas atitudes em relação ao nazismo e à proteção dos judeus estão sendo totalmente reconhecidas.
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Graças a ele a Igreja mantém, por exemplo, o prestigioso Observatório (astronômico) Vaticano. À frente dessa Academia, aliás, o cientista brasileiro Carlos Chagas Filho empenhou-se pela reabilitação de Galileu Galilei - o que aconteceu no pontificado de João Paulo II.
Em janeiro de 1959 convocou um concílio para que a Igreja pudesse repensar sua vida e sua missão em relação ao mundo contemporâneo. Ele usou uma expressão muito bonita para dizer o que era o concílio: ‘É uma flor de inesperada primavera’".
A realização do sínodo para a Igreja de Roma levou ao tão sonhado “aggiornamento” (atualização) da Igreja em sua vida e em sua ação pastoral. Foi sucedido pelo Papa Paulo VI ainda durante o Concílio Vaticano II.
Acompanhou a Igreja nos desafiadores anos do Pós-Concílio, sendo o responsável por importantes mudanças na Igreja com a criação do Sínodo Extraordinário dos bispos, que ajudou muito a desenvolver o conceito de colegialidade, sendo também o primeiro Papa a visitar o continente Latino-Americano.
Apoiou muito as conferências episcopais, entre elas a CNBB e CELAM com suas assembleias.
Ele foi eleito no dia 26 de agosto de 1978, mas morreu 33 dias depois.
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Foi um grande protagonista da história contemporânea, sendo atribuída a ele a contribuição na demolição do comunismo no Leste Europeu e na União Soviética.
Ele manteve a Igreja em grande evidência, promovendo o diálogo inter-religioso e o ecumenismo.
Por uma atuação que se estendeu até as vésperas da morte, reconquistou grande prestígio para o papado junto aos fiéis, conforme demonstraram as grandes manifestações por ocasião de seu funeral em 2005.
Para nós ficou na lembrança as suas três visitas ao Brasil.
Preocupado com a qualidade do catolicismo, reafirmou a missão religiosa da Igreja e o papel do cristianismo na formação da civilização europeia ocidental.
Alguns de seus pronunciamentos sobre certos temas mais “espinhosos” geraram polêmicas num momento histórico em que a sociedade, cada vez menos religiosa, se mostra indisposta a abandonar certos hábitos e posturas em nome da fé.
Surpreendeu o mundo com sua renúncia, quase 600 anos depois de um acontecido semelhante. Tornando-se emérito, foi morar em um mosteiro nos Jardins do Vaticano até sua morte em 2013, quando o Papa Francisco, seu sucessor, assumiu a condução do rebanho de Cristo.
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Ele governou a Igreja por pouco mais de 12 anos, e depois de um período de doença faleceu no dia 21 de abril de 2025, sendo sucedido no trono de Pedro pelo norte-americano agostiniano Leão XIV.
Francisco exerceu um pontificado eminentemente pastoral no qual se preocupou, sobretudo, com os mais pobres e necessitados do mundo, lutando pela paz e pela Ecologia Integral.
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