No último dia 15 de agosto, o arcebispo Visvaldas Kulbokas, que é Núncio Apostólico, ou seja, uma espécie de embaixador do Vaticano na Ucrânia, celebrou a Santa Missa na Catedral da Assunção, na cidade de Odessa. Durante a Solenidade, um ícone da Virgem Maria recebeu uma coroa abençoada pelo Papa Francisco no final da Audiência Geral, em 3 de agosto.
Leia MaisÉ preciso semear vida e não morte, paz e não guerra!Padre brasileiro evangeliza em meio à guerra na UcrâniaEm entrevista para a Vatican News, Dom Kulbokas falou como a população católica da Ucrânia está vivendo sua fé neste período de conflitos que já dura quase seis meses, sobre o significado da festa da Assunção E também como o Papa Francisco está acompanhando este momento.
Dentre os assuntos abordados, confira cinco considerações do Núncio ucraniano.
“Como bem sabem, este período da guerra na Ucrânia é muito pesado e não é possível nem mesmo ouvir todos os testemunhos sobre este conflito. Quando vemos uma situação tão dramática, não temos escolha a não ser a Mãe de Deus, nossa protetora. Em uma guerra tão dramática em toda a Ucrânia - e neste período especialmente nas regiões de Mykolaiv, Kharkiv, Zaporizhia e Odessa - cada manhã que acordamos agradecemos ao Senhor pela vida, pelo dom de um novo dia. E mesmo que perdêssemos esta vida humana, o Céu permanece, nossa grande aspiração. Será o momento da união, da nossa união com a Mãe de Deus e com todo o Céu. Pedimos à Mãe de Deus que nos proteja no corpo e no espírito.”
“Esses gestos (Consagração ao Imaculado Coração e a benção da coroa do ícone) pertencem à tradição da Igreja: nos momentos mais solenes pede-se ao Papa a bênção e, em particular, a bênção das coroas destinadas à Virgem Maria. Sabemos que o Santo Padre repete em todas as ocasiões possíveis a sua oração e os seus apelos a todo o cristianismo e ao mundo para que rezem pela Ucrânia, rezem pela paz: o seu coração está com o povo ucraniano que sofre.”
“Humanamente, é compreensível que os holofotes do mundo se atenuem um pouco. Aqui na Ucrânia há famílias deslocadas que me contam como é difícil viver assim e tentam entender se é possível voltar para suas casas e dizem: ‘Vamos voltar para lá’. É difícil viver sem comida suficiente, sem trabalho, sem casa, passando as noites no carro, porque mesmo com tantas iniciativas humanitárias e tantas ajudas, não é possível atender a todos, pois os números são altos e o empenho é muito grande. Por isso o Santo Padre repete em todas as ocasiões que, pelo menos na oração, pelo menos com o coração, o mundo não esqueça das tantas famílias que estão passando por momentos tão difíceis. E isso não diz respeito apenas à Ucrânia, mas também a outros países.”

“O Santo Padre não é um político, é um pastor. Quando o Santo Padre nos convida a acreditar na possibilidade do diálogo, apesar do fato de que aqui na Ucrânia entendemos que uma negociação real é realmente muito difícil de prever - precisamente porque a situação é tão dramática e a lógica humana nos diz que diante da guerra tão feroz é difícil prever que, a qualquer momento, quem começou a guerra, a Rússia, mudará de posição - quando o Papa, eu dizia, repete o seu apelo ao diálogo, algo que para nós parece humanamente impossível, se somos pessoas que acreditam, esperamos também no impossível e confiamos este apelo, esta oração, não somente aos homens, mas ao próprio Deus.”
“Como bem sabem, este período da guerra na Ucrânia é muito pesado e não é possível nem mesmo ouvir todos os testemunhos sobre este conflito. Quando vemos uma situação tão dramática, não temos escolha a não ser a Mãe de Deus, nossa protetora. Em uma guerra tão dramática em toda a Ucrânia - e neste período especialmente nas regiões de Mykolaiv, Kharkiv, Zaporizhia e Odessa - cada manhã que acordamos agradecemos ao Senhor pela vida, pelo dom de um novo dia. E mesmo que perdêssemos esta vida humana, o Céu permanece, nossa grande aspiração. Será o momento da união, da nossa união com a Mãe de Deus e com todo o Céu. Pedimos à Mãe de Deus que nos proteja no corpo e no espírito.”
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Fonte: Vatican News
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