Sandra Sabattini era uma garota italiana de 22 anos, falecida em 1984, declarada beata pela Igreja Católica Romana em 24 de outubro de 2021. A jovem era membro da Associação Comunitária Papa João XXIII.
A história da beata Sandra é marcada por trabalhar, desde a sua infância, ao lado de dependentes químicos, pessoas com deficiências e doentes. Ela tinha o sonho de fazer parte das missões médicas na África.
Sandra já era noiva, mas sua vida foi interrompida após ser atropelada por um carro em alta velocidade, enquanto se dirigia a uma reunião da associação perto de Rimini, na Itália.
Durante a cerimônia de beatificação, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, acrescentou:
“Sandra foi uma autêntica artista, porque aprendeu muito bem a linguagem do amor, com as suas cores e sua musicalidade. A sua santidade foi abrir-se à partilha com os últimos, o colocar ao serviço de Deus toda a sua jovem existência terrena, feita de entusiasmo, simplicidade e grande fé”.
Em Rimini, na Basílica Catedral de Santa Colomba, Semeraro foi quem presidiu a Missa de beatificação de Sandra Sabattini.
Segundo informações da Vatican News, o purpurado também sublinhou o fato de que o desejo de servir os pobres da nova beata não era mera caridade, mas fruto do amor sem limites de Deus, em cujo mar “sem fundo e sem margens”, Sandra mergulhou o coração.
Primeira noiva santa a subir às honras dos altares, a Beata Sabattini doava a quem tinha necessidade e acolhia sem julgamentos, porque desejava comunicar o amor do Senhor. Neste sentido, o Cardeal também explica sobre a caridade criativa e concreta: “Amar alguém é sentir o que ela necessita e levar a sua dor”, afirma.
Sandra e Guido Rossi se conheceram em 1979. Algum tempo depois, comprometidos para se casar e com o sonho de ir a África para ajudar os “últimos dos últimos”, ela faleceu.
Na véspera de sua beatificação, Rossi falou à Vatican News sobre sua experiência de vida com Sandra e como ele foi afetado por perdê-la ainda tão jovem:
“A minha vida esteve marcada pela Sandra, com a sua vida e com a sua morte. Depois de um período não isento de dificuldades, mas certamente belo e profundo, me vi claramente com duas casas no caminho, a de sua família e a minha, enquanto o resto continuava em pé”, contou Guido, que agora é diácono casado e tem dois filhos.
Para ele, a beatificação de Sandra permite contemplar a grande misericórdia do Senhor.
“Nunca nos deixa sós, mesmo quando acreditamos em caminhamos sozinhos, enquanto Ele nos conduz pelo braço, como vimos escrito na porta de uma igreja em Gubbio que visitei com a Sandra”.
Uma oração escrita pela própria Sandra, em 7 de setembro de 1982, dois anos antes de sua morte, foram citados em sua cerimônia de beatificação:
“Senhor, que cada ação minha seja determinada pelo fato de querer o bem dos jovens. Cada minuto é uma ocasião para amar, a ser aproveitada”.
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