Igreja

Conheça 5 Santas da Igreja Católica que foram mães

Além da Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, há na Igreja mulheres que em seu caminho de santidade tiveram a dádiva da maternidade em suas histórias

Escrito por Alberto Andrade

06 MAI 2022 - 10H34 (Atualizada em 10 MAI 2023 - 10H17)

Reprodução/ Centro Santa Gianna

Leia MaisDia das Mães: veja o que fazer no Santuário NacionalPresentes para o Dia das Mães da Loja Oficial do Santuário Estamos próximos do Dia das Mães, e em nossa fé católica, temos como referência de maternidade a Virgem Maria, que no Concílio de Éfeso, no ano 431, foi declarada oficialmente - a partir do dogma (verdade de fé) - a Mãe de Deus, por ter concebido humanamente Jesus, o Filho de Deus em seu seio. 

Além deste fato, outras mulheres que foram mães, e em diferentes etapas da vida buscaram a plenitude do amor de Deus, alcançaram a santidade.

Papa Boys - Italia
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1. Santa Gianna

Gianna Beretta Molla nasceu em 4 de outubro de 1922, na cidade de Magenta, região de Milão, na Itália.

Através da oração pessoal, Gianna escolheu a vocação matrimonial e em 24 de setembro de 1955, se casou com o engenheiro Pietro Molla e se tornou mãe de quatro filhos.

Na gravidez do quarto filho, Gianna teve um fibroma no útero e orou muito para que a vida em seu ventre fosse salva, e a cirurgia para se recuperar foi um sucesso.

Alguns dias antes do parto, sempre com grande confiança na Providência, demonstrou-se pronta a sacrificar a sua vida para salvar a do filho:

“Se deveis decidir entre mim e o filho, nenhuma hesitação:
escolhei, e isto o exijo, à criança. Salvai-a".

Sua filha, Joanna, nasceu em 21 de abril de 1962, mas em 28 de abril, em meio a fortes dores, Gianna morreu santamente, aos 39 anos.

Dois milagres comprovados no Brasil fizeram com que Gianna fosse canonizada em 15 de maio de 2004, pelo papa João Paulo II.

Lúcia Cirilo, no Maranhão, foi curada em 1977 de problemas em seu sistema reprodutor após o parto do quarto filho. E um casal em Franca, no interior de São Paulo, que não quis que sua filha (também na quarta gravidez) fosse abortada, mesmo com o rompimento da membrana que mantém a vida do feto com o líquido amniótico, orou para a Santa, e a menina nasceu saudável e foi batizada como Gianna.

Agostinianos
Agostinianos

2. Santa Mônica

Mônica nasceu na Argélia, em 332. Casou-se aos 17 anos com Patrício, que tinha um temperamento violento, mas a oração e o testemunho de Mônica o levaram à conversão.

O casal teve três filhos. Um deles, futuramente se tornaria Santo Agostinho, Doutor da Igreja. Ele foi um filho difícil, cheio de vaidade e avesso à fé cristã professada pela mãe.

Mônica rezou durante 30 anos pela conversão do filho, então Agostinho se converteu e pediu o batismo. É o que ele reconhece em uma de suas mais reconhecidas obras, o livro Confissões:

“Deu-me a vida temporal segundo a carne e,
pelo coração, fez-me nascer para a vida eterna”.

Site Santos Beatos
Site Santos Beatos

3. Santa Zélia Guerin

Ela e seu marido, Luis Martin, pais de Santa Teresinha do Menino Jesus, foram o primeiro casal a ser canonizado em uma mesma cerimônia na história da igreja, em 2015 pelo Papa Francisco.

Zélia nasceu em 1831 na França, e em sua juventude até tentou ingressar na vida religiosa no mosteiro das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, mas não foi aceita, pois Deus tinha traçado outra vocação.

Três meses após conhecer e se apaixonar por Luis, os dois se casaram em 13 de julho de 1858, e tiveram nove filhos, dos quais quatro morreram prematuramente.

Zélia morreu devido ao câncer de mama em 1877, quando a pequena Teresa ainda tinha quatro anos, e não a viu entrar no Carmelo e se tornar a grande Santa Teresa do Menino Jesus, Doutora da Igreja.

Diocese de Formosa - GO
Diocese de Formosa - GO

4. Santa Rita de Cássia

Padroeira das causa impossíveis, Rita nasceu em 1381 em Cascia, região central da Itália.

Desde criança, tinha o desejo de se consagrar totalmente a Jesus mas, obediente à sua família, ao fim da adolescência casou-se com Paulo Fernando. 

O esposo era muito violento, mulherengo e bebia muito, mas mesmo assim Rita foi fiel ao Matrimônio, sendo obediente e dócil com o marido.

Esse temperamento, além de suas insistentes orações para Jesus e a Virgem Maria, acalmaram o coração de Paulo, que foi convertido após 18 anos de casamento.

Mas seu marido foi assassinado por inimigos, e seus filhos João Tiago e Paulo Maria tinham a vontade de vingar a morte do pai.

Rita permaneceu em oração e pediu que o Senhor os levasse antes de cometerem um pecado mortal. Os dois ficaram doentes, mas sempre com os cuidados e carinho da mãe, e antes de falecerem se reconciliaram com Deus e perdoaram os assassinos de seu pai.

Assim, sem mais compromissos familiares, ingressou como religiosa no convento das Agostinianas em 1417. Após uma pregação, pediu ao Senhor para participar da mesma dor que Ele sofreu, e nesse momento, um dos espinhos da coroa de Cristo perfurou sua testa, abrindo, então, uma ferida.

O ferimento causou dores angustiantes e um mau cheiro. Por isso, a Santa precisou ficar em estado de recolhimento durante seus últimos 15 anos de vida.

Em 1457, ela faleceu e o estigma em sua testa desapareceu, ficando somente um ponto vermelho que passou a exalar uma fragrância agradável. Seu corpo não sofreu decomposição e está intacto até hoje.

Giovanni Batista
Giovanni Batista

5. Santa Helena

A romana se casou com o general Constâncio Cloro, e da união, nasceu em 285 Constantino Magno, que se tornaria imperador romano e primeiro imperador cristão.

Helena sofreu muito, pois seu marido a rejeitou, casando com outra mulher por interesses políticos. Mas mesmo assim, ela continuou cuidando de seu filho.

convertida à fé cristã, principalmente por meio das epístolas de São Paulo, Helena orava sempre para a conversão do filho e também para o destino de seu povo. 

Antes de uma batalha, Constantino teve um sonho com um anjo, que lhe teria dito que batalhasse sob o sinal da cruz, colocando-a nos estandartes e escudos. O anjo teria dito a famosa frase: In hoc signum vinces (Com este sinal vencerás).

Constantino obedeceu e se converteu, e a batalha foi vencida por ele, que se tornou imperador. Em junho de 313, com o Édito de Milão, decretou que a fé católica poderia ser professada livremente no Império.

Após ter algumas visões, Santa Helena viveu a felicidade de proporcionar o reencontro da verdadeira Cruz de Cristo. Este acontecimento levou à instituição da festa litúrgica da Santa Cruz.

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