Ao longo da história da Igreja, Deus escolheu homens e mulheres para testemunhar Sua presença de forma extraordinária. Entre esses testemunhos, estão os dons místicos, sinais que rompem com o que é visível e revelam a ação divina na vida dos santos.
A palavra mística tem origem grega – múó (calar-se, fechar a boca ou os olhos, emudecer, balbuciar) e mystikós (relativo àquilo que deve ser mantido em segredo, sobretudo no que diz respeito ao sagrado ou culto sagrado entre iniciados, nas religiões antigas).
São Bento, celebrado em 11 de julho, é um dos exemplos de santos que possuía dons místicos. Fundador do monaquismo ocidental, ele é lembrado pela Regra Beneditina e por viver manifestações espirituais intensas.
Diversos relatos sobre sua história de vida apontam que São Bento possuía o dom da bilocação, ou seja, a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo, um sinal da graça e da intimidade de Deus em sua vida.
A bilocação também aparece na vida de outros santos. Santa Faustina Kowalska, mística polonesa e apóstola da Divina Misericórdia, escreveu em seu diário experiências espirituais nas quais Deus a enviava para consolar almas em lugares distantes. Ela mesma afirmou:
“De repente, encontrei-me numa choupana desconhecida, onde estava agonizando um homem, já idoso, em terríveis tormentos. Em volta da cama havia um grande número de demônios e a família chorando. Quando comecei a rezar, dispersaram-se os espíritos das trevas, com sibilos e ameaças contra mim. Essa alma tranquilizou-se e, cheia de confiança, descansou no Senhor. No mesmo instante, eu me vi em meu quarto. Como isso acontece — não sei.” (Diário de Santa Faustina, 1798)
Para nós, é difícil compreender como é possível algo tão sobrenatural acontecer, porém, para Deus nada é impossível. Como disse Jesus: "Se tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, podereis dizer a este monte: Sai daqui para lá, e ele sairá; e nada vos será impossível”. (Mt 17,21)
Outro santo que também tinha este dom místico era Padre Pio de Pietrelcina. Além das chagas de Cristo que carregava por mais de 50 anos, testemunhas relatam que ele foi visto em diferentes lugares ao mesmo tempo. Ele próprio dizia: "Nossos sofrimentos físicos e morais são a oferta mais digna que podemos fazer Àquele que nos salvou sofrendo.”
:: Místicos são pessoas bêbadas de Deus
Esses dons místicos, como a bilocação, as visões, os êxtases e os estigmas, são frutos de uma vida de oração intensa, união com Cristo e abertura total à vontade de Deus. Como ensina o Catecismo da Igreja Católica, ao falar dos carismas:
“Extraordinários ou simples e humildes, os carismas são graças do Espírito Santo que, directa ou indirectamente, têm uma utilidade eclesial, ordenados como são para a edificação da Igreja, o bem dos homens e as necessidades do mundo.” (Catecismo da Igreja Católica, 799)
Outro caso conhecido de bilocação é de São Frei Galvão. Um caso relata que uma gestante em uma fazenda distante de São Paulo estava gravemente enferma e clamava por Frei Galvão. Seu marido foi ao Mosteiro da Luz, mas foi informado que o frade tinha viajado ao Rio de Janeiro.
Ao retornar para casa, encontrou sua esposa fora de perigo e profundamente grata a Frei Galvão por atender sua confissão durante a noite e abençoado um copo de água, que ela bebeu e logo após ficou bem.
O homem, então, foi para o Rio de Janeiro para agradecer ao frade, onde foi informado pelo Guardião do Convento: “Frei Galvão não arredou pé daqui”. Interrogado a respeito, Frei Galvão respondeu: “Como se deu, não sei; mas a verdade é que naquela noite lá estive”.
Ao contemplar as histórias de santos que viviam esse dom místico, entendemos que eles não entediam como acontecia, mas se colocavam a serviço de Deus que os envia onde há a necessidade de um encontro com Ele. Assim, aprendemos com suas vidas que a intimidade com Deus transforma tudo, inclusive o que parece impossível.
:: O que devo fazer para criar intimidade com Deus?
Fonte: Aleteia, Catecismo da Igreja Católica, misericordia.org.br
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