A Oficina Diocesana de Acessibilidade promovida pela Diocese de Campo Limpo, no último sábado (15), reuniu 230 pessoas, entre agentes de pastorais e pessoas com deficiência, para discutir o trabalho que precisa ser feito nas paróquias e comunidades através das pastorais, para aprimorar o acolhimento dessas pessoas.
Durante a oficina foram ouvidos testemunhos de entidades que trabalham com pessoas com deficiência no território diocesano. Entre eles, o 'Ninho da Esperança', localizado no extremo sul da capital paulista, que assiste atualmente 37 pessoas, entre crianças, jovens e adolescentes portadores de alguma deficiência. Segundo a coordenadora da entidade, Elizabeth de Andrade “as pessoas com deficiência não cobram nada da gente, não pedem nada, querem apenas serem amadas e se você dá este amor, tá tudo certo”.
A Diocese de Campo Limpo abrange sete municípios com 100 paróquias e mais de 400 comunidades. Neste universo existe uma população estimada em 540 mil pessoas que possui algum tipo de deficiência. Isso significa que, na média, existem cerca de 5 mil deficientes em cada paróquia. Um número expressivo que está fora da vida comunitária devido à falta de acessibilidade.
Para o ex-diretor técnico da Secretaria Estadual de Acessibilidade do Estado de São Paulo e membro da Pastoral da Pessoa com Deficiência da Arquidiocese de São Paulo, Roque Eduardo Cruz, que ministrou palestra no evento, a preocupação da diocese na promoção dessas pessoas irá favorecer que um número cada vez maior encontre a acolhida essencial. “Acredito que haverá um crescimento no número desta frequência porque haverá um aumento de consciência e acolhimento nas nossas paróquias”, acredita Roque Cruz.
Segundo Roque Cruz, incluir o deficiente na vida da Igreja não é um trabalho muito difícil, tomando como exemplo as ações que cada paróquia ou comunidade pode fazer para trazer o deficiente para a missa. “Quando você coloca um intérprete de libras na missa, o surdo ouve a mensagem de Deus; quando você tem braile, quando você tem áudio descrição dentro do nosso trabalho da Igreja, o cego enxerga, ele consegue participar da mensagem de uma maneira melhor. Quando os nossos irmãos que tem deficiência intelectual recebem a acolhida adequada, eles conseguem participar e virar dizimistas e não serem só assistidos, mas serem protagonistas dentro do trabalho deles”. Ao executar essas ações de acessibilidade, a comunidade dá testemunho "de que nós somos a Igreja que veio para salvar”, pontuou.
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