Entre os dias 22 e 24 de setembro será realizado o evento da Economia de Francisco e Clara. A ocasião contará com a presença de 20 adolescentes de diversas partes do mundo, onde eles assinarão um pacto com o papa Francisco para uma nova economia mundial. Leia MaisEconomia: acima de tudo, o bem comum e a integridade da pessoaAparecida Debate: Economia SolidáriaBispos e empresários refletem economia que privilegia pessoa humana
Eles formam uma comunidade que há três anos se reúne e trabalha de forma on-line. Todos possuem idade entre 13 e 17 anos E, apesar de grande parte dos integrantes serem italianos, há jovens do Brasil, Síria, Vietnã, Tailândia e Eslováquia.
Os adolescentes estão engajados em iniciativas como a #ZeroHunger e em temas de ecologia integral. Entre eles, está Ralyn Satidtanasarn, conhecida como Lilly, uma jovem tailandesa, ativista da ecologia integral, que batalha contra o uso de plástico há anos.
A economia de Francisco e Clara foi iniciada com a aproximação do Papa Francisco e os movimentos populares por meio de encontros mundiais periódicos.
Ela está estritamente ligada às reflexões das encíclicas e exortações escritas sobre Ecologia Integral – Laudato Si – , sobre a boa política – Fratelli Tutti – , sobre o compromisso da igreja com aqueles que mais precisam – Evangelli Gaudium – e sobre a centralidade dos povos tradicionais e do cuidado com a Casa comum – Querida Amazônia.
Em um dos encontros do Papa com os Movimentos Populares foi apresentado um documento que reúne propostas desses movimentos. As propostas estão agrupadas em cinco eixos: (1) Ecologia integral e bens comuns; (2) Democracia econômica; (3) Terra, teto e trabalho; (4) Educação, saúde, comunicação e tecnologia; e (5) Soberania, mobilidade humana e paz.
1. Sobre a Ecologia integral e bens comuns
Os movimentos destacam que os bens da natureza, “como a água, a biodiversidade, as florestas, a terra, os minérios e o petróleo” devem ser usufruídos em função do bem comum e do desenvolvimento, e não da exploração predatória, ou da ganância dos capitalistas.
Também propõem que devemos unir esforços de organizações populares, ambientalistas, governos, estados, para salvar o planeta. Ou defendemos a natureza, reflorestando, combatendo todas as fontes de poluição e mudanças climáticas, ou os seres humanos estarão em risco de sobrevivência neste planeta Terra.
2. Sobre a democracia econômica
Os movimentos destacam a importância de combater o controle do capital financeiro sobre a economia, e sua especulação, juros e paraísos fiscais. Sinais perversos da distância entre a acumulação desenfreada e a produção de bens necessários. Esses mecanismos são os responsáveis pelo aumento das desigualdades sociais, em vez de enfrenta-las. Daí a necessidade de “que a sociedade tenha o controle do capital financeiro, para que os seus recursos sejam utilizados para incentivar a produção e não para a especulação”.
3. Sobre terra, teto e trabalho
Os movimentos populares defendem o desenvolvimento de políticas públicas que reforcem as práticas de economia popular solidária, entendida como “todas as atividades produtivas, de serviços e de distribuição realizadas de forma autogestionária por indivíduos, grupos familiares, comunidades ou cooperativas de trabalho”. Para isso, será necessário o apoio de recursos públicos e legislação adequada, “onde estejam presentes todos os agentes, trabalhadores e trabalhadoras organizados em movimentos populares e sindicais, empresas, cooperativas, etc.”, buscando a construção de uma economia do bem comum e impulsionando formas alternativas à propriedade privada.
4. Sobre educação, saúde, comunicação e tecnologia
Os movimentos destacam que saúde, educação, comunicação e tecnologia não devem ser tratados como mercadorias. Pelo contrário, devem ser garantidos como direitos para todos e para todas. Outra proposta muito relevante seria “estimular a transferência solidária de tecnologia e conhecimentos entre as nações, possibilitando a redução das desigualdades internacionais”.
Além disso, os movimentos defendem a superação da divisão internacional do trabalho e da especialização, ligadas às vantagens comparativas. “A indústria, os serviços de alta intensidade tecnológica e de elevado valor acrescentado não devem ser patrimônio dos países desenvolvidos, enquanto os países subdesenvolvidos permanecem com economias agrárias, de baixo valor acrescentado, padecendo índices persistentes de empregos precários e déficits estruturais nas transações correntes”.
5. Sobre Soberania, mobilidade humana e paz
Os movimentos populares defendem “a soberania e a autodeterminação de todos os povos do mundo, eliminando todas as formas de ingerências imperialistas e neocoloniais”. Isso poderia ser reforçado por meio da integração de organismos internacionais, “com a participação paritária de todos os governos e com representação das organizações populares, de cada país”.
Além disso, cada Estado deveria ter o controle social dos bens considerados essenciais para a sobrevivência humana coletiva e para o desenvolvimento econômico nacional, como água, minerais, petróleo, energia elétrica, terra, produção e abastecimento de alimentos, saneamento, transportes, etc.
add_box Para conhecer todas as propostas dos movimentos populares (português, inglês, espanhol, francês e italiano), acesse aqui
Fonte: Vatican News
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