“O padre deve estar sempre pronto para responder às necessidades das almas”.
São João Maria Vianney
O padroeiro dos sacerdotes recorda, nessa frase, a verdadeira vocação de um padre. Porém, no mundo atual em que a saúde mental dos sacerdotes está cada vez mais em pauta, vale a reflexão: quem se preocupa com o bem-estar daqueles que dedicam a vida inteira ao cuidado do povo de Deus?
arrow_forward Em suas orações, você inclui também o seu pároco? Já se perguntou se ele é feliz? Ou se ele se sente apoiado, compreendido e acolhido em sua missão?
É justamente com essas questões que surge a Pastoral Presbiteral, um serviço da Igreja que busca cuidar, acompanhar e fortalecer os padres, ajudando-os a viver com mais plenitude o ministério que abraçaram.
A Pastoral Presbiteral é uma ação organizada da Igreja, incentivada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelos Encontros Nacionais de Presbíteros (ENP), que oferece acompanhamento integral aos padres de uma diocese. É um jeito concreto de cuidar de quem cuida, que fortalece os vínculos entre os presbíteros e incentivando o espírito de fraternidade, comunhão e missão.
Como explica o documento Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil (Doc. 93 — CNBB), essa pastoral deve “estimular a alegria de serem discípulos missionários de Jesus Cristo, servidores do povo, segundo o exemplo do Bom Pastor”. (DFPIB, n. 368)
:: Entenda como funcionam as pastorais e como fazer parte!
Vivemos em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, inclusive para os padres. O ministério ordenado, conforme nos lembra o Presbyterorum Ordinis (PO, n. 7), tem uma forma essencialmente comunitária, o que significa que nenhum sacerdote deve caminhar sozinho.
A Pastoral Presbiteral ajuda a evitar o isolamento, oferece apoio diante das dificuldades emocionais, espirituais e pastorais, e promove espaços de convivência, escuta, formação contínua e partilha. Por isso, ela atua como um “amor organizado”, para garantir que cada padre tenha com quem contar.
Para Pe.Lício de Araújo Vale, da Diocese de São Miguel Paulista (SP) e professor universitário e especialista em Suicidologia, fala da necessidade das dioceses olharem para o bem-estar do sacerdote:
"É importante que todas as dioceses tivessem de fato a Pastoral Presbiteral, porque tomar o cuidado com os padres é cuidar de quem cuida. Nós padres cuidamos durante todo o ministério do nosso povo: amando, servindo, celebrando, rezando, defendendo, enfim. Mas nós mesmos, pessoalmente, somos muito pouco cuidados, cuidamos muito pouco de nós mesmos. E eu penso que é importante que as dioceses possam implementar a Pastoral Presbiteral, neste sentido de cuidar dos presbíteros, cuidar de quem cuida."
Dentro dessa organização, cada diocese deve contar com um representante dos presbíteros, eleito pelos próprios padres. Seu papel é fundamental para garantir que haja um projeto sólido de formação permanente, que os padres recém-ordenados sejam bem acolhidos e que os presbíteros mais velhos se sintam amparados.
Entre as suas funções estão:
• Acompanhar a vida espiritual do clero com retiros e momentos de oração. • Ajudar na criação de espaços de convivência entre os presbíteros. • Garantir o acesso à saúde e ao bem-estar dos padres. • Promover a escuta e a fraternidade entre os membros do presbitério. |
Uma Igreja que caminha com seus padres
O Concílio Vaticano II reforça: os padres são colaboradores do bispo no cuidado com o povo de Deus (PO, 7). Por isso, devem ser considerados irmãos, amigos e companheiros de missão. Essa fraternidade se concretiza na hospitalidade, no cuidado com os doentes e idosos, na partilha de bens e no apoio mútuo nos momentos de crise (DFPIB, 372).
Essa visão também está no Documento de Aparecida (DAp, 195) e na Evangelii Gaudium (EG, 220), quando o Papa Francisco nos convida a construir uma verdadeira “cultura do encontro”.
Talvez você não faça parte do clero, mas como leigo ou leiga, também pode fazer parte do cuidado com os padres. Reze por eles. Acolha-os com carinho. E, acima de tudo, lembre-se: por trás de cada sacerdote, há um ser humano com sonhos, cansaços, alegrias e desafios.
Pergunte ao seu pároco: “Padre, você é feliz?” E esteja disposto a fazer parte da resposta. Porque cuidar dos padres também é cuidar da Igreja!
Fonte: Formação Permanentes dos Padres de 2023 com o tema: “O fenômeno do Suicídio e o impacto no clero”, com a assessoria do Padre Lício de Araújo Vale
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