Foto de: reprodução
Padre José Eduardo Augusti com
dom Paulo Evaristo Arns.
O diário e reflexões escritos pelo padre José Eduardo Augusti, durante o período em que ficou preso na época da ditadura militar, poderão ser conferidos em um livro. A publicação 'A Igreja no Cárcere: diário e reflexões de um sacerdote nos porões do Dops' será lançada no dia 15 de novembro, às 15h, no salão nobre do campus da PUC-SP.
Às 14h, haverá celebração eucarística na Igreja da Paróquia Imaculada Conceição, no próprio campus. O lançamento da obra teve o apoio da Comissão da Verdade da PUC-SP.
O livro inclui cartas a Dom Agnelo Rossi e a Dom Paulo Evaristo Arns, artigos e desabafos escritos no período em que padre Augusti esteve no Dops e no Presídio Tiradentes. O evento é uma iniciativa de um grupo de ex-alunos do Seminário Central do Ipiranga.
15 anos depois de sua morte, padre Augusti foi declarado anistiado político por unanimidade.
Padre Augusti exercia suas atividades pastorais como defensor dos direitos humanos em Botucatu (SP). Em julho de 1968, foi preso acusado de ter participado de um comício estudantil em São Paulo. Em agosto daquele ano, foi libertado por meio de um habeas corpus. Indiciado pela Lei de Segurança Nacional, acabou condenado, em 1969, a um ano de prisão e permaneceu encarcerado no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde relatou ter sido torturado. Em 1970, foi transferido para o Presídio Tiradentes e, em outubro do mesmo ano, foi posto em liberdade.
Em 8 de dezembro de 2012, 15 anos após sua morte (em 1997), a Caravana da Anistia, do Ministério da Justiça, julgou e concedeu anistia política ao padre Augusti, que foi considerado vítima da repressão política ocorrida no País durante a ditadura militar. O sacerdote foi declarado anistiado político por unanimidade.
Os familiares do padre Augusti e os ex-alunos do Seminário Central e Amigos do Ipiranga, em carta-convite para o evento destacaram a importância da divulgação da publicação: “O padre Augusti merece esta homenagem e todos nós merecemos partilhar estas reflexões que ele nos deixa como herança”.
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