“Ao chegar o dia de Pentecostes, todos estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído semelhante ao de uma forte ventania e encheu toda a casa onde estavam. E apareceram-lhes línguas como de fogo, que se repartiam, pousando sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito concedia a eles se expressarem” (At 2, 1-5)
A liturgia deste domingo (19) celebra a Solenidade de Pentecostes, quando ao longo destas semanas fomos preparados por Jesus Cristo para acolher a presença consoladora do Espírito Santo. A presença deste Defensor preenche a conclusão do Tempo da Páscoa.
O Paráclito sempre acompanhou Jesus em sua missão: Ele com sua sombra realizam a fecundação do ventre de Maria e possibilita a Encarnação (Lc 1,35), se apresenta junto ao Pai no Batismo de Jesus, O confirmando como o Messias (Lc 3,21-22). Esteve presente na Paixão, Morte e Ressurreição quando Jesus entregou na cruz o Seu Espírito (Lc 23, 46) e no mesmo Espírito, foi ressuscitado pelo Pai.
E como está descrito na Constituição Dogmática Lumen Gentium, o Defensor “agora foi derramado no coração da Igreja, soprado como Vida e como Dom de Deus para todos os fiéis a fim de edificar, transformar, renovar a Igreja/Comunidade e fazer surgir a Humanidade nova para o Reino de Deus”.
A humanidade, rebelde e autossuficiente que foi dispersa e separada pela dificuldade em se comunicar, agora no novo Pentecostes, ouve em um só idioma formado por todas as línguas “as maravilhas de Deus” (At. 2,11). Deste modo, São Lucas descreve a Igreja como a ação continuada da Santíssima Trindade na criação, pois ela é a comunidade que nasce do lado aberto de Jesus, que é conduzida pelo Espírito e que é chamada a testemunhar a humanidade o projeto libertador do Pai.
No Evangelho de São João (Jo 20,19-23), a comunidade cristã é apresentada e reunida em torno de Jesus Ressuscitado, que a partir da promessa do Paráclito renova a fé do povo santo. O Espírito da Verdade permite a eles superar o fechamento do coração provocado pelo medo e dar testemunho do amor que Jesus viveu até a doação da própria vida.
Renovados pelo Espírito, os discípulos recebem sua missão: eliminar o pecado. É preciso ser objetivo e transmitir para a humanidade aquilo que é de Deus e aquilo que é fruto do pecado. Quem aceita as condições do Reino se torna membro da comunidade de Cristo. Quem não aceita continua a percorrer caminhos de egoísmo, corrupção e de morte, isto é, continua como propagador do mal.
Neste artigo para o site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Messias dos Reis Silveira, Bispo de Teófilo Otoni (MG), relata que o grande desejo do Senhor era que a sua Boa Nova pudesse iluminar as pessoas do mundo inteiro e esse desejo continua sendo concretizado.
“A Igreja tem uma longa história de mais de 2 mil anos e, nesta história, aconteceram muitas coisas boas. Também as perseguições foram intensas e continuam em algumas regiões do mundo. Muitos cristãos continuam a ser perseguidos, mas a chama e o ardor pelo Evangelho não se apagam. O Espírito Santo, então derramado, continua a iluminar os discípulos atuais de Jesus, inspirando a palavra certa para os variados momentos em que as novas situações os desafiam. Gosto muito daquela invocação em que pedimos que o Espírito Santo venha e 'renove a face da terra'. Quando pensamos na terra, não há como não pensar na criação, pois na linguagem bíblica, Deus criou o homem a partir do barro da terra. Mas, a terra envelheceu e precisa ser renovada”.
O bispo completa nos orientando que a todo o momento é necessário clamar para que o Santo Espírito venha e renove a vida humana, pois esta precisa ser constantemente renovada e recriada.
“O sopro do Espírito em São João é o maior legado do Ressuscitado. O sopro de Deus é sempre um sopro criador, renovador e transformador. O sopro de Deus é santificador, transmite o fogo que purifica e anima a vida. Ao celebrar, neste ano, a festa de Pentecostes, pensamos no Jubileu do ano Santo, que acontecerá em 2025. O Jubileu terá como lema: “Peregrinos da Esperança”. Somos um povo peregrino e precisamos olhar para o objetivo e a meta da nossa peregrinação que é chegarmos à Pátria Celeste”.
E que nesta grande exaltação do Pentecostes, que o Senhor continue a agir em nós para caminhar pelas estradas da história como em outro momento o fizeram os discípulos missionários que nos antecederam. Unidos e reunidos não seremos abatidos pelos desafios que o mundo impõe à evangelização, pois “a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).
Padre Camilo Júnior explica o símbolo do fogo em Pentecostes
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