Masserani, Biazoto, Furlani, Demartini, Furlan, Pascoto, Bonotti, Zamuner, Brustoloni, Ferrari... quantos confrades redentoristas de nossa província trazem em seus nomes as marcas das famílias italianas espalhadas pelo nosso Brasil. Os descendentes das primeiras levas de italianos formam hoje uma das maiores colônias de imigrantes presentes no Brasil.
Para comemorar a chegada dos imigrantes italianos no Brasil, todo os anos se celebra o Dia Nacional do Imigrante Italiano. A data foi instituída em 2 de junho de 2008, sendo celebrada em todo o território nacional.
Na tarde do dia 03 de janeiro de 1874, 388 camponeses embarcaram num navio à vela chamado “La Sofia”, no Porto de Gênova, chegando à capital Vitória, 45 dias depois. Esta primeira expedição, além de lavradores trouxe também um capelão, um médico e um auxiliar chamado Pietro Casagrande.
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Tabacchi que havia promovido a imigração era um italiano oriundo de Trento que já estava no Espírito Santo desde o início da década de 1850, quando adquiriu uma fazenda no município de Santa Cruz, atual Aracruz. Vendo o interesse do Brasil na mão de obra europeia ele decidiu oferecer terras para os imigrantes em troca do direito de derrubar 3,5 mil pés de jacarandás, árvore hoje protegida pela lei ambiental, para exportação.
Neste ano se celebra os 150 anos da chegada do primeiro grupo de imigrantes ao Brasil. E atualmente, o Brasil tem cerca de 30 milhões de descendentes “tutti buonna gente”, correspondente a 15% de nossa população. Entre nós temos a maior comunidade italiana fora do seu território. Deste contingente entre 15 e 20 milhões estão no estado de São Paulo, e o restante se espalha pelo Brasil, concentrando-se principalmente nos estados do sul.
A busca por melhores condições de vida
A crise socioeconômica instalada na Itália nas últimas décadas do século XIX, que perdurou até meados do século XX, fez com que camponeses italianos aceitassem o convite do governo brasileiro para trabalhar nas lavouras do país, principalmente nas regiões sudeste e sul. O primeiro foco eram as plantações de café, mas depois foram sendo desenvolvidas outras atividades.
Até meados do século XIX, a Península Itálica era dividida em cerca de 50 unidades políticas diferentes com língua e culturas distintas, além dos vários dialetos ainda hoje existentes. Em 1848, foram dados os primeiros passos para o processo conhecido como Unificação Italiana ou Risorgimento que foi concluído em 1870, com a criação do Estado Italiano unificando quase toda a Península.
A luta política do processo de unificação e as mudanças no trabalho do campo, associado ao desenvolvimento industrial fez com que a fome e o desemprego se tornassem uma dura realidade para milhares de pessoas, especialmente camponeses e artesãos.
A constituição italiana não conseguiu superar as grandes diferenças sociais do país levando milhares de pessoas a buscarem melhores condições de vida em outros lugares do mundo, sendo o Brasil, graças aos incentivos dados pelo governo imperial o país que mais atraiu. Do total de imigrantes estrangeiros que aqui entraram entre 1880 e 1910, quase 60% eram italianos.
Os ítalo-brasileiros
Alguns estudiosos consideram a diáspora italiana como o maior movimento migratório não forçado da história. Segundo estimativas, entre 1880 e 1976, perto de 13 milhões de pessoas deixaram a Itália para residir em outros países.
Percebendo que a imigração era um negócio lucrativo, já que os emigrantes vendiam tudo o que tinham para viajar e depois de instalados em outros países mandavam dinheiro para os parentes que haviam ficado para traz, o governo italiano passou a favorecer a imigração. Além disso, os governantes, se livravam da responsabilidade de buscar soluções para a grande massa de desempregados e pobres da nação.
A maioria dos italianos que imigraram para o Brasil eram do Norte da Itália, correspondendo a cerca de 53% do total, A região que mais mandou emigrantes para cá foi o Vêneto, com cerca de 30% do total.
Hoje s ítalo-brasileiros estão espalhados por quase todos os estados da federação contribuindo e enriquecendo a nossa culinária, cultura e religiosidade. Na música, na arte e na religião a sua contribuição é muito grande e não é à toa que Santa Paulina, nascida na Itália, foi a primeira santa declarada no Brasil. Na capital paulista, por sua vez, a festa italiana do Bairro do Bexiga e a Festa de Nossa Senhora Achiropita todos os anos atraem multidões.
.:Letícia Andrade nos leva para conhecer um pouco mais da cultura italiana. Confira!
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