Dia de oração pelos cristãos perseguidos acontece nesta quarta-feira

Todos os anos, desde 2015, no dia 06 de agosto é celebrado o Dia de Oração Pelos Cristãos Perseguidos. A motivação para a criação da data remonta a 2014, quando cerca de 100 mil cristãos tiveram de fugir da Planície de Nínive, no Iraque, pois foram expulsos pelo grupo extremista “Estado Islâmico”.

Sem tempo de nada levarem consigo, fugiram somente com a roupa do corpo, sem água e comida. No dia seguinte ao ataque, a Fundação Pontifícia ACN — Ajuda À Igreja que Sofre, organização criada em 1947 na Alemanha, lançava uma de suas maiores ações de emergência humanitária.

A ACN mobilizou seus benfeitores ao redor do mundo para socorrer os refugiados que escaparam da implacável perseguição promovida pelos extremistas.

Para lembrar essa grande ação de fé em prol dos que mais necessitavam de apoio, foi criado, também na data de 06 de agosto, o Dia de Oração Pelos Cristãos Perseguidos.

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Em 2025, a celebração chega à 11ª edição, e no Brasil contará com parceria e apoio da CNBB — Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e diversas comunidades e paróquias cristãs espalhadas pelo Brasil.

“Rezar é demonstrar importância ao tema e dar a visibilidade necessária para uma posição contrária à perseguição de quem, ainda hoje, paga um alto preço por acreditar em Jesus”, reforça o Frei Rogério Lima, Assistente Eclesiástico da ACN Brasil.

Casos recentes de perseguição

O chamado à oração se torna ainda mais urgente com os recentes casos de violência contra cristãos, especialmente no continente africano. Em maio deste ano, 200 cristãos foram massacrados na Nigéria. Entre os dias 16 e 17, dezenas de vilarejos cristãos no estado de Plateau foram atacados por homens armados. Casas, igrejas e plantações foram destruídas.

Famílias inteiras foram assassinadas ou forçadas a fugir. Trata-se de um dos episódios mais violentos do ano, que evidencia a grave situação dos cristãos no país africano.

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Síria também registra casos violentos

No último dia 15 de julho, a Igreja Greco-Melquita de São Miguel, em Al-Sura, no sul da Síria, foi atacada e incendiada por um bando não identificado. No mesmo episódio, 38 casas de famílias cristãs foram destruídas pelo fogo.

Como resultado, cerca de 70 pessoas se refugiaram em um grande salão da igreja em Shahba, onde sobrevivem em condições precárias. Esta ocorrência, bem como um ataque feito na aldeia vizinha de Al-Mazraa, estão ligados às tensões sectárias e atividades de grupos extremistas.

O caso mais grave na Síria em 2025 aconteceu cerca de um mês antes dos ataques em Al-Sura e Al-Mazraa. Em 22 de junho, na cidade de Damasco, um atentado suicida na Igreja Ortodoxa de Santo Elias, no bairro cristão de Dweil’a, deixou 30 mortos e 54 feridos. O ataque aconteceu durante a liturgia dominical.