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269 anos da primeira Irmandade de Nossa Senhora Aparecida

Santuário Nacional recorda 269 anos da Irmandade e sua importância na evangelização

Escrito por Giovana Marques

25 MAI 2025 - 09H42 (Atualizada em 27 MAI 2025 - 14H39)

Thiago Leon

Neste mês de maio, quando a Igreja celebra com especial carinho a presença materna de Maria, o Santuário Nacional recorda com gratidão os 269 anos da aprovação dos estatutos da primeira Irmandade dedicada a Nossa Senhora Aparecida.

Em 25 de maio de 1756, nascia oficialmente a Irmandade, após 11 anos da construção da primeira capela no Morro dos Coqueiros, formada por um grupo de clérigos e fiéis, movidos pela devoção e desejo de servir.

Este foi um dos muitos acontecimentos que contribuíram, nestes mais de 300 anos de história de devoção, para o impulsionamento do culto à Padroeira do Brasil.

Mais do que uma organização religiosa, a Irmandade foi expressão concreta da fé popular: cuidava da imagem da Padroeira, organizava as festas e acolhia os romeiros que, mesmo naquela época, já vinham em peregrinação até a “Capela de Aparecida”.

CDM - Santuário Nacional
CDM - Santuário Nacional

Os primeiros membros foram testemunhos vivos de caridade e zelo, e ajudaram a erguer as bases do que viria a se tornar, no futuro, o maior Santuário Mariano do mundo.

Inspirada pelos costumes da época, a Irmandade era composta por juiz, escrivão, tesoureiro, procurador e o pároco como presidente. 

Recordamos o marco dos 269 anos uma semana após o Jubileu das Irmandades, evento da programação do Ano Santo celebrado em Roma entre os dias 16 e 18 de maio. O Jubileu reuniu milhares de confrarias da Europa, especialmente da Itália, Portugal, Espanha e França.

Assim como em Roma, onde as irmandades são sinal de uma fé viva e atuante, também no Brasil elas continuam a inspirar novos caminhos de evangelização.

A história da Irmandade de Nossa Senhora Aparecida segue viva no coração do Santuário: nas pastorais, nas associações de devotos e em tantos leigos e leigas que, ontem e hoje, se colocam a serviço do Evangelho.

Em entrevista ao A12, a historiadora Tereza Pasin fez um paralelo entre as antigas irmandades e as expressões atuais de participação leiga no Santuário.

Thiago Leon
Thiago Leon

Segundo Tereza, desde 1752, as Irmandades, antes ainda do reconhecimento canônico, desenvolviam inúmeras tarefas, como zelar dos bens da Igreja e contribuir e participar da festa de Nossa Senhora Aparecida.

“Hoje as irmandades atendem o devoto e estão à disposição das pastorais. Servir os devotos na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, é o elo das irmandades do passado e hoje”, acrescentou.

A historiadora ainda falou do significado de celebrar os 269 anos da Irmandade, especialmente neste tempo em que a Igreja procura revalorizar o protagonismo dos leigos:

“Celebrar 269 anos é um privilégio, tivemos um intervalo sem Irmandades, mas logo surgiram e são hoje um braço da Igreja. O privilégio hoje são os inúmeros voluntários que no passado não tivemos, concluiu.

Celebrar esse aniversário é reconhecer que o passado nos oferece raízes, mas também impulso. Neste ano Jubilar, renovamos a esperança de que, com Maria, continuamos a construir uma Igreja acolhedora e missionária.

Leia mais:

::. Fé em movimento: o Jubileu das Irmandades em Roma

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