Neste mês de maio, quando a Igreja celebra com especial carinho a presença materna de Maria, o Santuário Nacional recorda com gratidão os 269 anos da aprovação dos estatutos da primeira Irmandade dedicada a Nossa Senhora Aparecida.
Em 25 de maio de 1756, nascia oficialmente a Irmandade, após 11 anos da construção da primeira capela no Morro dos Coqueiros, formada por um grupo de clérigos e fiéis, movidos pela devoção e desejo de servir.
Este foi um dos muitos acontecimentos que contribuíram, nestes mais de 300 anos de história de devoção, para o impulsionamento do culto à Padroeira do Brasil.
Mais do que uma organização religiosa, a Irmandade foi expressão concreta da fé popular: cuidava da imagem da Padroeira, organizava as festas e acolhia os romeiros que, mesmo naquela época, já vinham em peregrinação até a “Capela de Aparecida”.
Os primeiros membros foram testemunhos vivos de caridade e zelo, e ajudaram a erguer as bases do que viria a se tornar, no futuro, o maior Santuário Mariano do mundo.
Inspirada pelos costumes da época, a Irmandade era composta por juiz, escrivão, tesoureiro, procurador e o pároco como presidente.
Recordamos o marco dos 269 anos uma semana após o Jubileu das Irmandades, evento da programação do Ano Santo celebrado em Roma entre os dias 16 e 18 de maio. O Jubileu reuniu milhares de confrarias da Europa, especialmente da Itália, Portugal, Espanha e França.
Assim como em Roma, onde as irmandades são sinal de uma fé viva e atuante, também no Brasil elas continuam a inspirar novos caminhos de evangelização.
A história da Irmandade de Nossa Senhora Aparecida segue viva no coração do Santuário: nas pastorais, nas associações de devotos e em tantos leigos e leigas que, ontem e hoje, se colocam a serviço do Evangelho.
Em entrevista ao A12, a historiadora Tereza Pasin fez um paralelo entre as antigas irmandades e as expressões atuais de participação leiga no Santuário.
Segundo Tereza, desde 1752, as Irmandades, antes ainda do reconhecimento canônico, desenvolviam inúmeras tarefas, como zelar dos bens da Igreja e contribuir e participar da festa de Nossa Senhora Aparecida.
“Hoje as irmandades atendem o devoto e estão à disposição das pastorais. Servir os devotos na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, é o elo das irmandades do passado e hoje”, acrescentou.
A historiadora ainda falou do significado de celebrar os 269 anos da Irmandade, especialmente neste tempo em que a Igreja procura revalorizar o protagonismo dos leigos:
“Celebrar 269 anos é um privilégio, tivemos um intervalo sem Irmandades, mas logo surgiram e são hoje um braço da Igreja. O privilégio hoje são os inúmeros voluntários que no passado não tivemos”, concluiu.
Celebrar esse aniversário é reconhecer que o passado nos oferece raízes, mas também impulso. Neste ano Jubilar, renovamos a esperança de que, com Maria, continuamos a construir uma Igreja acolhedora e missionária.
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::. Fé em movimento: o Jubileu das Irmandades em Roma
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