Entre os dias 16 e 18 de maio, Roma foi tomada por um belo testemunho de fé popular: o Jubileu das Irmandades, promovido como parte da caminhada do Jubileu de 2025. O evento reuniu milhares de confrarias vindas de toda a Europa, em especial da Itália, Portugal, Espanha e França.
A celebração teve seu ponto alto na grande procissão no Circo Massimo. Sob cantos e orações, os fiéis carregaram imagens, cruzes e estandartes, expressando o rosto popular e devoto da Igreja. O clima era de festa, oração e gratidão.
O Papa Leão XIV, em mensagem aos participantes na missa de início do seu ministério petrino, saudou os “milhares de peregrinos vindos de todos os continentes por ocasião do Jubileu das Irmandades”:
“Caríssimos, agradeço-vos por manter vivo o grande patrimônio da piedade popular”, declarou, destacando seu compromisso com a oração, a caridade e o cuidado com os mais pobres.

Na história da Igreja, as irmandades sempre estiveram presentes como forma de organizar a vida de fé dos leigos. Elas nascem da necessidade de cuidar da vida espiritual e também de obras de misericórdia: ajudar os doentes, enterrar os mortos, acolher os peregrinos.
No Brasil, esse movimento chegou com força, especialmente entre as comunidades negras. As irmandades foram, por séculos, espaço de resistência, identidade e expressão de fé. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos é uma das mais antigas e ainda hoje promove festas que unem devoção e cultura, como a Festa do Rosário em Caicó (RN), realizada desde o século XVIII.

Em 25 de maio de 1757, foi oficialmente reconhecida a primeira Irmandade dedicada a Nossa Senhora Aparecida. Nascida junto à antiga Capela do Itaguaçu, essa confraria tinha por missão cuidar da imagem da Padroeira, organizar as festas e acolher os romeiros. Era formada por pessoas simples, do povo, mas profundamente comprometidas com a fé.
Desde então, a história das irmandades caminha junto com a história do Santuário Nacional. Hoje, vemos esse mesmo espírito presente nas pastorais, nas associações de devotos e em tantos leigos e leigas que se doam ao serviço da evangelização.

Neste mês de maio, Aparecida se prepara para celebrar os 269 anos dessa bela história de fé e serviço.
Assim como em Roma, a festa das irmandades no Brasil é sinal de uma fé viva, que nasce do povo e se traduz em caridade, acolhimento e missão.
As irmandades não são apenas uma herança do passado, mas um presente cheio de vigor, que nos aponta caminhos para viver a esperança cristã no cotidiano.
Fonte: Vatican News/ Ecclesia
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