Neste domingo, 25 de maio, comemoramos o Dia Nacional da Adoção. A data foi instituída no Brasil no ano de 2002 e busca conscientizar a respeito ao ato de aceitar uma criança ou adolescente em sua família, transformando-o em seu filho.
A adoção cumpre propósitos de garantir o direito ao afeto de uma família a todas as crianças e jovens. Dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento apontam que há mais de 46 mil pretendentes cadastrados em todo o país e quase 3.800 crianças e adolescentes à espera de um lar.
Os interessados em adotar uma criança ou adolescente precisam atender uma série de requisitos estabelecidos como forma de garantir ao adotado que ele tenha acesso a tudo que precisa.
Leia MaisAdoção: Um ato de amor que curaO que diz o Papa Francisco sobre adoção?Na Igreja, por meio de seus agentes pastorais, é desempenhado um papel fundamental no processo de adoção, oferecendo suporte espiritual e prático às famílias adotivas e às crianças adotadas.
Os agentes pastorais atuam como facilitadores, orientando e acompanhando as famílias em sua jornada de acolhimento, promovendo a integração da criança na nova família e na comunidade eclesial.
Essa atuação pastoral é fundamentada nos ensinamentos da Igreja, que reconhece a adoção como um meio legítimo de formar uma família e como uma expressão concreta do amor cristão.
Para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, em seus documentos e orientações, é evidenciada a importância de uma pastoral eficaz que acolha e acompanhe as famílias adotivas, promovendo a evangelização e a promoção humana. A Igreja também reconhece e valoriza o gesto de mães que, por amor e responsabilidade, escolhem entregar seus filhos para adoção. Esse ato é visto como uma expressão de coragem e amor incondicional, que visa proporcionar à criança uma vida digna e plena.
Em 2019, durante a Semana Nacional da Vida, uma ação da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e a Família da CNBB, apresentou o tema para reflexão aquele ano, como: “Em família defendemos a vida! Com alegria e esperança”. A iniciativa, à época, buscou conscientizar os católicos sobre o direito à vida, desde a concepção até seu fim natural.
Estes momentos e ações demonstram o quanto o amor que acolhe também é uma vocação reconhecida pela Igreja Católica.
Para trazermos uma reflexão nesta data importante do calendário, por uma causa tão nobre, recordamos o Pai que é referência a todos: São José e seu amor por Jesus, seu filho adotivo, um dos exemplos mais poderosos de amor incondicional e generoso, que pode servir de grande inspiração e incentivo para a adoção.
Embora José não fosse o pai biológico de Jesus, sua relação com Ele foi marcada por um compromisso profundo e por uma paternidade que transcendeu os laços sanguíneos.
O Portal A12 buscou uma família com um depoimento sobre esse amor que nasce com a adoção. Adriana e Francisco, católicos de Itaquaquecetuba, região do Alto Tietê, em São Paulo, compartilharam sua história. Eles são pais biológicos da Débora, de 26 anos, e contam como João chegou para aumentar a família:
“Em 1999, Débora nasceu, foi uma gestação tranquila, mas na última consulta pré-natal foi constatada pressão muito alta, o que ocasionou, na hora do parto, uma pré-eclampsia. Ela nasceu e cresceu bem, graças a Deus, sem nenhuma intercorrência até percebermos, após seis anos, que eu não engravidava novamente, sem precaução anticoncepcional e sem não querer mais filhos. Queríamos, até porque ela perguntava se não ia ter um irmão(ã)”, relatou.
A partir daí é que o papel da fé nesta na jornada desta família, com a participação no Movimento de Equipes de Nossa Senhora, se inicia. “Quando casamos, percebemos que precisávamos participar de algo na igreja que fosse envolvido o casal, mas não só no sentido de servir, de pastoral, mas de crescimento espiritual dos dois”, contou.
E a resposta veio do pedido feito a Ele:
“Num dos temas anuais estudados com equipe e conselheiro espiritual, despertamos para a adoção, sem medo, sem preconceito, sem também saber o que estava por vir. Sentamos os três e Deus, conversamos sobre a dificuldade de engravidar, os exames que não nos tornavam inférteis (...) A essa altura já tínhamos bagagem pra entender que teria também a condição da adoção. Decidimos nos cadastrar e entrar para a fila da adoção, achando que faria hoje e amanhã o bebê surgia. Ledo engano. Foram sete anos de espera”, recordou.
“Indo num retiro espiritual de casal das ENS, por três dias, conversamos com Deus e pedimos a 'compreensão' Dele para sairmos da fila, pois os anos se passaram, nossa idade também, e estávamos preparados para esperar os netos, viajar, desfrutar da vida a dois, já que nossa filha crescia e tinha planos. Na segunda-feira após o retiro, veio a resposta de Deus. Fomos convocados a comparecer ao fórum da nossa cidade pela manhã e fomos preparados para explicar nossa situação e nos descadastrar. Mal sabíamos que o amor é a resposta em tudo na nossa vida, quando a assistente social e a psicóloga nos falou: Seu filho chegou, vamos conhecê-lo? Num pranto silenciado por dentro e por fora, com nó na garganta e trêmulos, dissemos: Agora! E foi assim que o João chegou para nós”, detalhou a mãe.
Com toda a espera e experiência, Adriana acredita que a família passou a entender o seu testemunho de vida cristã:
“Seria em vão se não tivéssemos uma ação concreta que nos mostrasse o amor de Deus para conosco. Entendemos que a adoção não foi demorada, foi o tempo suficiente para enxergarmos a burocracia, para ajudar no combate ao julgamento de mães que 'doam' seus filhos, e para sermos testemunhas vivas de um amor que brota do coração, que é um mistério que só Deus desvenda”.
:. Leia também este conteúdo especial produzido pelo A12 sobre a Adoção Tardia
Fonte: Brasil Escola / CNBB
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