Neste oitavo dia de Assembleia Geral da CNBB, o episcopado brasileiro continuou o processo de votação para eleger os demais nomes para as Comissões Episcopais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Os temas apresentados aos jornalistas foram: a atuação dos bispos eméritos no país e o XV Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEB's). Dois temas que parecem distintos, mas se conversam diante da necessidade de anunciar o Evangelho, manter as tradições da Igreja e trabalhar de acordo com o pedido do Papa Francisco: ser uma Igreja em saída.
Dom Maurício iniciou a coletiva falando sobre a história e importância desses encontros intereclesiais, que são organizados para alinhar e fortalecer as comunidades eclesiais de base. Ele também falou sobre o tema deste ano: “CEBs, Igreja em saída em busca de vida plena para todos e todas”.
“Este tema já muito alinhado com o magistério do Papa Francisco, com a Evangelii Gaudium, que projeta a Igreja o pedido do Papa para que a Igreja seja missionária, seja uma Igreja em saída. E as CEBs adotaram essa indicação do Papa e colocaram o tema: “Igreja em saída em busca de vida plena”. Para quem? Para todas as pessoas!”
Ele também falou sobre a dinâmica do XV Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, que acontece entre 18 a 22 de julho deste ano, em Rondonópolis.
Dando continuidade ao tema, Dom Gabriel Marchesi falou que este encontro não é um evento isolado, “nem na vida das CEB's, nem na vida da Igreja, nem na vida da fé das pessoas. É uma etapa de um percurso, de uma caminhada que vem de longe”.
E continuou sua fala, explicando a essência das Comunidades de Base:
“Testemunhar e favorece a caminhada das comunidades. As comunidades são formadas por cristãos que desde o início levaram a sério a sua participação na vida da Igreja, levaram a sério o compromisso do batismo que receberam. Hoje se fala de sinodalidade, se fala de participação, e as CEB's foram as primeiras que entenderam esse recado que nos veio do Concílio Vaticano II. É um povo que gosta de assumir a sua responsabilidade de cristãos na vida”.
Dom Francisco Biasin, presidente da Comissão para os Bispos Eméritos da CNBB, iniciou sua fala após as explicações sobre as CEB's e logo lembrou a ligação dos bispos eméritos com as Comunidades Eclesiais de Base, lembrando rapidamente de sua história e seu primeiro contato com “os círculos bíblicos”.
“Os círculos bíblicos eram grupos que trariam união nas famílias para refletir a palavra de Deus confrontada com a vida e, sobretudo, iluminando a vida com a palavra de Deus”.
Ele contou que frequentava os círculos bíblicos, que depois se tornaram as Comunidades Eclesiais de Base, ressaltando a importância e a missão desses encontros.
É muito comum que existam dúvidas em relação ao trabalho e missão de um bispo emérito, mas ao contrário do que muitos pensam, eles não estão “aposentados”.
“Não é a mesma coisa, bispo emérito tem um instituto jurídico que só em alguns aspectos e em medida limitada coincidem com a aposentadoria”, destacou Dom Francisco Biasin.
Ele ainda explicou que o bispo que recebe este título de “bispo emérito”, apesar de perder a autoridade de servir a Igreja de acordo com o ministério que exercia, ainda está ligado à sua Igreja e esse vínculo está amadurecido:
“Com a emeritude acontece só o cessar da jurisdição, do poder a respeito do ofício exercido, que se torna vacante. O bispo emérito embora perdendo esta última competência, conserva outros vínculos, sobretudo, os vínculos afetivos, eclesiais que o mantém ligados à sua Igreja particular”.
Esse vínculo que o emérito tem com todas as pessoas que ele conviveu durante seu episcopado não é regulamentado por leis, mas coloca sempre o coração em funcionamento para amar e para servir.
“Não ausentando-se da vida da Igreja, mas tendo uma outra dimensão a ser vivenciada para aquela Igreja que a gente serviu como pastor, quase eu diria que imitando Moisés no auto da montanha, no livro do Êxodo”.
Ele ainda, respondeu uma questão sobre como os bispos eméritos podem contribuir com a missão evangelizadora da Igreja no Brasil.
“Temos as três missões de cada batizado, anunciar a Palavra, santificar e reger o mundo”.
Ele contou que existem diversas formas dos bispos continuarem suas missões, e algumas delas são: com a Eucaristia, pregando o Evangelho, pregando em retiros, dando cursos, acompanhamentos nas pastorais e colocando seu serviço no anúncio da Palavra.
Participe do 2º Congresso Nacional da Animação Bíblica da Pastoral
O 2º Congresso Nacional da Animação Bíblica da Pastoral, organizado pela CNBB, acontece em maio deste ano e visa destacar a centralidade da Bíblia na Igreja no Brasil.
Dom Ângelo é o novo arcebispo de Vitória (ES)
A CNBB enviou saudações para dom Ângelo por sua nova missão que será iniciana no Ano Jubilar e agradeceu a Dom Dario por seu trabalho realizado com êxito, em Vitória.
Arquidiocese de Goiânia recebe novo bispo auxiliar
Aos 47 anos, o Monsenhor será o terceiro bispo auxiliar da capital goiana.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.