Envelhecer com qualidade de vida é um desafio cada vez mais presente no Brasil. Segundo as Projeções de População do IBGE, de 2000 a 2023, os idosos de 60 anos ou mais na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. Em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do país serão idosos.
De acordo com o Censo 2022, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em doze anos. Já a população idosa com 60 anos ou mais chegou a 32,1 milhões de pessoas, 15,8% da população do país. O aumento é de 56% em relação a 2010, quando era de 20,5 milhões.
Diante desses dados, você já parou para pensar no que significa envelhecer em uma sociedade que valoriza apenas o que é jovem e produtivo?
Ainda é comum ver a terceira idade sendo tratada como um “fim da linha” ou um período de invisibilidade. Muitas vezes, idosos são afastados da vida em comunidade, confinados a espaços isolados ou vistos apenas como figuras passivas, quando na verdade seguem sendo protagonistas da própria história.
É para provocar essa reflexão que foi lançado o livro "A Arte de Envelhecer – Saúde, trabalho, afetividade, Estatuto do Idoso". Organizada pelas professoras Maria Teresa Toríbio Brittes Lemos e Rosângela Alcantara Zagaglia, a obra reúne textos de especialistas de áreas como Direito, Medicina, Biologia, História, Antropologia e Serviço Social. O livro é fruto da parceria entre o Centro de Ciências Sociais da UERJ e a Editora Ideias e Letras.
No livro, os textos abordam com sensibilidade o cotidiano de quem vive a melhor idade hoje, por meio de reflexões acadêmicas sobre como a sociedade ocidental ainda carrega preconceitos e como isso afeta a forma como as pessoas 60+ são tratadas ou esquecidas.
Como aponta a professora Mariana de Aguiar Ferreira, "o modo de viver a velhice varia muito de acordo com o status social, o que exige um olhar mais atento e justo para as múltiplas realidades dessa fase da vida."
Outros participantes do livro com seus estudos, como a professora Célia Pereira Caldas, destacam a importância de valorizar o conhecimento das pessoas que envelhecem. Para ela, preservar a memória social é uma forma de garantir a dignidade e o respeito que tantos já não recebem. João Ricardo Moderno lembra que estamos vivendo uma mudança cultural: todas as fases da vida, inclusive a velhice, merecem reconhecimento e cuidado.
Frente a esse cenário, os autores da obra sugerem caminhos práticos para que o envelhecimento seja encarado como uma etapa de valorização, com direitos garantidos e espaço de contribuição para a sociedade:
Valorizar a memória viva
Escutar e preservar histórias pessoais e coletivas fortalece o sentido da vida e do pertencimento.
Promover inclusão social
Incentivar a participação dos idosos em espaços comunitários e de trabalho fortalece vínculos e autoestima.
Cuidar da saúde
É essencial olhar para a saúde física e mental com atenção, por meio de atividades preventivas e acompanhamento contínuo.
Apostar em novas aprendizagens
Estudar, aprender algo novo ou desenvolver um hobby são formas de manter a mente ativa e a vida em movimento.
Defender direitos e justiça
Envelhecer com dignidade também passa pelo acesso a políticas públicas que respeitem e protejam a pessoa idosa.
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