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Irmã Maria Troncatti será canonizada em outubro pelo Papa

Missionária salesiana atuou junto aos povos indígenas na região amazônica do Equador entre 1922 e 1969, quando faleceu tragicamente após um desastre aéreo

Escrito por Ronaldo Casarin

29 AGO 2025 - 10H46 (Atualizada em 29 AGO 2025 - 14H39)

Reprodução/rsb.org.br

No próximo dia 19 de outubro, o Papa Leão XIV irá canonizar a Irmã Maria Troncatti, missionária salesiana que viveu e atuou intensamente no Equador em meados do século XX. A canonização acontecerá no dia em que será celebrado o Dia Mundial das Missões 2025.

Segundo publicado no Dicastério da Causa dos Santos, Maria Troncatti nasceu na Itália, em 16 de fevereiro de 1883, em Corteno Golgi, na província de Brescia. Era de uma numerosa família que vivia da agricultura. Foi tocada pela fé após contato com o Boletim Salesiano, acendendo nela a vontade de se consagrar a Deus. Ingressou em 1908 na congregação Filhas de Maria Auxiliadora, iniciando sua jornada.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Maria Troncatti serviu como enfermeira da Cruz Vermelha em Varazze. Um episódio extremo marcaria — e mudaria — sua vida. Durante uma trágica enchente, prometeu à Virgem Maria que, se conseguisse sair viva daquela situação, se tornaria uma missionária.

E assim foi. Salvou-se da morte, e cumpriu sua promessa quatro anos após o fim da Primeira Guerra. Em 1922, Irmã Maria atravessou o Oceano Atlântico e desembarcou no Equador acompanhada de outras irmãs e sob liderança do bispo missionário Domingos Comin.

.:: LEIA MAIS: Caminho Sinodal: Conhecendo a espiritualidade salesiana

Missão

Instalou-se na região do território dos índios Shuar. Uma das passagens que a fizeram ganhar a confiança do povo local, foi quando com um simples canivete salvou a filha de um chefe de tribo, que havia sido alvejada por um tiro. 

Por 44 anos, Irmã Maria — ou “Madrecita” (Mãezinha), como era conhecida, conviveu com o povo Shuar nas áreas de Macas, Méndez, Sucúa e Sevilla Dom Bosco. Como missionária, levou a Palavra de Deus, e também trabalhou entre os indígenas como enfermeira, cirurgiã, ortopedista, dentista e farmacêutica.

Sua obra de fé e dedicação ao povo da região sul-americana se consolidou no Hospital Pio XII, na cidade de Sucúa, bem como em diversos dispensários espalhados pelas regiões da selva amazônica no Equador. Incansável, ganhou a admiração de milhares de pessoas que por ela foram cuidados.

Morte e beatificação

Em 25 de agosto de 1969, a missão terrena de Irmã Maria Troncatti foi encerrada de forma trágica. O avião que a levava para Quito, capital do Equador, caiu pouco após a decolagem. A rádio da Federação Shaur noticiou o falecimento da missionária com a mensagem: “Nossa Mãe, irmã Maria Troncatti, morreu.”. Seus restos mortais estão sepultados em Sucúa. Em 2012, Maria Troncatti foi beatificada pelo Papa Bento XVI.

A canonização

O milagre que abriu o caminho para que Irmã Maria Troncatti se tornasse santa aconteceu em fevereiro de 2015, no Equador, em localidade do povo Shuar. Um agricultor e carpinteiro, identificado como Juwa, trabalhava afiando uma lâmina. Um pedaço da lixadeira se solta e o atinge na cabeça. O ferimento é grave, causando uma fratura no crânio, com perda de matéria cerebral e fica à beira da morte.

O trabalhador é socorrido, levado ao Hospital Taisha, onde passa por uma delicada cirurgia. Após a operação, fica com parte do corpo paralisada por conta da lesão neurológica e também não consegue mais falar. Recebeu alta e foi transferido para uma residência em Macas.

Os cunhados de Juwa confiaram sua recuperação à intercessão de Maria Troncatti, junto à comunidade educativa das Filhas de Maria Auxiliadora de Tuutin Entza, cidade natal de Juwa. No quarto onde o agricultor repousava, foi colocado um quadro da Irmã Maria, e seus familiares o animaram a confiar a ela sua recuperação.

Juwa tem um sonho com Irmã Maria Troncatti, que reafirma a ele que vai se recuperar, prometendo-lhe que na manhã seguinte iria falar e caminhar. Acordando, Juwa teve logo a sensação de estar curado. A perna não lhe doía mais. Pediu à esposa com sinais para ajudá-lo a andar e disse alguma palavra. Assim começa uma gradual melhora.

Após esse sonho, o equatoriano passa a tem uma recuperação gradual, mas muito evidente. Familiares e amigos testemunham sua mudança em pouco tempo. O médico que o operou fica maravilhado, pois diz que tem diante de si um morto ressuscitado. De fato, ele o revê em 2017 e o encontra perfeitamente curado.

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