Livro conta a história dos padroeiros do Rio Grande do Norte

Arquidiocese de Natal lançou recentemente um livro com atualizações das histórias dos 30 mártires do Rio Grande do Norte, que foram canonizados pelo Papa Francisco, em 2017. O livro chamado “Santos Mártires, padroeiros do RN – história, testemunho, devoção”, é o resultado de dois encontros virtuais realizados este ano e está disponível para todo o Brasil.Leia MaisConheça o milagre que tornou possível a beatificação de João Paulo INa beatificação de João Paulo I, Francisco condena instrumentalização da fé

A obra de 116 páginas conta com um prefácio do arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta e contribuições do bispo de Caicó e vice-presidente do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Antônio Carlos Cruz Santos. E organizado pelo arcebispo de Natal, dom Jaime Vieira Rocha.

“Nós temos a graça aqui no Rio Grande do Norte de contarmos com a intercessão de 30 santos mártires, e essa história é muito bonita”, afirmou dom Jaime, durante o lançamento da obra.

Além disso, a publicação conta com colaboração de outros sacerdotes: o vigário geral da diocese de Mossoró (RN), padre Flávio Augusto Melo; o capelão de Uruaçu (RN), padre Antônio Murilo Paiva; o membro do clero da arquidiocese de Olinda e Recife, monsenhor José Alberico Bezerra; e do ministro extraordinário da Eucaristia Claudemir de Carvalho, da arquidiocese de Campinas (SP).

História

Em 1645, o Brasil sofreu com invasões holandesas, quando holandeses invadiram o Nordeste brasileiro para cobrar as dívidas dos portugueses que construíram engenhos com dinheiro emprestado pela Holanda. Em decorrência dessas invasões mais de 80 fiéis da Igreja Católica foram mortos; destes, 30 foram martirizados.

O primeiro massacre aconteceu na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho de Cunhaú, em Canguaretama; O segundo em Uruaçu, comunidade do município de São Gonçalo do Amarante.

Beatificação e canonização

Em 1998 o papa João Paulo II assinou o decreto reconhecendo o martírio de 30 brasileiros, sendo dois sacerdotes e 28 leigos. E em reconhecimento ao feito dos mártires, o processo de beatificação foi concedido pela Santa Sé.

A celebração de beatificação aconteceu na Praça de São Pedro, no Vaticano, no dia 5 de março de 2000. A cerimônia religiosa foi presidida pelo papa João Paulo II. E em 2017, os Mártires de Cunhaú e Uruaçu foram declarados santos pelo Papa Francisco.

Fonte: CNBB