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Relatório Anual de Violência contra os Povos Indígenas é lançado

Conselho Indigenista Missionário realizou o evento na sede da CNBB

Escrito por Isabela Araujo

18 AGO 2022 - 16H12 (Atualizada em 19 AGO 2022 - 07H58)

Reprodução/ ASCOM CNBB.

Leia MaisExclusivo: Preocupado com indígenas, Papa nomeará Cardeal para Amazônia Giro A12: “O papel da Igreja na questão indígena"Nesta quarta-feira, 17 de agosto, aconteceu o lançamento do Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2021.

O evento foi presencial, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também foi transmitido no YouTube, pelo canal do Conselho Indigenista Missionário (CIMI).

Neste ano em que são celebrados os 50 anos do CIMI, as comemorações não se estendem. Isso porque as violências e violações contra o povo indígena aumentaram consideravelmente. De 2018 para 2022, o número os registros de violência contra esses povos quase triplicou.

Lúcia Helena Rangel, antropóloga, professora da PUC São Paulo e Assessora do CIMI, fala sobre a importância do documento anual:

“(O documento serve) Para colaborar com os povos indígenas na sua luta por justiça, pelos seus direitos e para colaborar até mesmo na formulação de denúncias a respeito dos ataques todos que os povos vem sofrendo”, diz Luciana sobre o Relatório.

A Assessora também comenta sobre o aumento no número de invasões de terras indígenas em 2021, que nada mais é do que um atentado, de forma brutal, contra o patrimônio deles, já que implica em práticas ilegais de garimpo que acarretam na destruição ambiental, incêndios, entre outras consequências.

Outro ponto importante retratado é sobre o aumento da crueldade em nível de assassinatos de crianças. Lúcia se refere aos casos como inadmissíveis:

“(...)O assassinato de crianças é inadmissível. Crianças e adolescentes que tiveram seus corpos decepados, seus corpos esquartejados... Enfim, a gente fica pensando mesmo no que se passa na mentalidade dos brasileiros, no coração dos brasileiros, sejam eles pessoas comuns que vivem sua vida próximo as áreas indígenas, e as autoridades, que não se importam e não apenas se omitem com as questões indígenas, como incentivam essas invasões, são cúmplices, verdadeiros cúmplices das invasões das terras indígenas”, finaliza a assessora.


Confira o lançamento


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